terça-feira, 20 de maio de 2008

BIOGRAFIA MUTANTES

Uma das mais importantes bandas do rock nacional, o Mutantes é reconhecido até hoje, não só por nós brasileiros, mas por grandes artistas em todo o mundo, pela sua criatividade, ousadia e por ter a coragem de ser vanguarda numa época retrógrada.Surgido em São Paulo, no ano de 1966, o grupo firmou-se com Arnaldo Dias Batista (piano/baixo), Sérgio Dias Batista (guitarra/violão) e Rita Lee (flauta/harpa), depois de muitas mudanças de nome e de integrantes.Após se apresentarem em alguns programas de televisão, acompanharam Gilberto Gil no Terceiro Festival da Record, com a música “Domingo no Parque”. Ganharam destaque e um contrato com a Polydor, que lançou a maioria dos álbuns do grupo, incluindo o de estréia, “Os Mutantes”, que já trazia dois dos maiores ‘hits’: “Panis Et Circenses” e “Batmacumba”.Em 1969, chega o segundo trabalho, “Mutantes”. Os grandes destaques desse disco foram “Dom Quixote” e “2001”, escrita em parceria com Tom Zé. Se apresentaram em Cannes e em Lisboa, e na volta montaram o show “O Planeta dos Mutantes”.Aumentaram o ‘line up’ com a entrada definitiva do baterista Dinho e do baixista Liminha e, em 1970, participaram do V FIC, Festival Internacional da Canção, com a faixa “Ando Meio Desligado”, regravada pelos mineiros do Pato Fu. Essa música fez parte do álbum “A Divina Comédia” e eles ainda gravaram “Technicolor”.No ano seguinte, “Jardim Elétrico” apresentava ao público o ‘hit’ “Top Top”, que ganhou uma versão acústica da cantora Cássia Eller em 2001. O maior sucesso da carreira do Mutantes, no entanto, viria só em 1972 com o álbum “Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets”, com a faixa “Balada do Louco”.Logo em seguida, Rita Lee anunciou a sua saída do grupo e passou a se dedicar inteiramente à sua carreira solo. A cantora gravou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, que contava com a participação de todos os ex-companheiros e, por esse motivo, alguns ainda o consideram como um disco do Mutantes.Entraram em estúdio em 1973 para as gravações de “O A e o Z”. O material não agradou a gravadora, que não lançou o disco e demitiu a banda. Sem contrato e enfrentando diversos problemas com as drogas, Arnaldo decidiu que era a sua vez de abandonar o barco e partiu em carreira solo. Dinho e Liminha seguiram o mesmo rumo.Diante de uma situação totalmente inédita, Sérgio Dias foi obrigado a reformular toda a estrutura da banda. Chamou Tulio Mourão para os teclados, o baterista Rui Mota e o baixista Antônio Pedro Medeiros para integrarem o time. Conseguiu um contrato com a Som Livre e, com essa formação, fizeram “Tudo Foi Feito Pelo Sol”, em 1975.Apesar do disco, os problemas e discussões estavam longe de terminar, e logo após esse lançamento, Túlio e Antônio foram substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. Em 1977 soltaram “Mutantes ao Vivo”, que não agradou nem os fãs, nem a crítica e nem os próprios Mutantes. Após esse fracasso e mais alguns desentendimentos, finalmente o grupo encerrou suas atividades.Apesar das inúmeras tentativas, Sérgio Dias não conseguiu dar continuidade ao Mutantes sem o irmão Arnaldo, que recusou solenemente todos os pedidos para que voltassem a tocar juntos.Em 1992, finalmente foi lançado o até então inédito “O A e o Z” e em 1999, “Technicolor” foi reeditado pela Universal Music.

BIOGRAFIA MOTLEY CRÜE

O Motley Crue tem início em 1981, quando o baixista Nikki Six e o baterista Tommy Lee resolvem abandonam as bandas onde tocavam para iniciar um novo projeto. Para completar a formação juntam-se à dupla o vocalista Vince Neil e o guitarrista Mick Mars.O primeiro álbum, “Too Fast For Love” foi lançado por um selo independente, o Lethur Records. Logo depois eles assinam um contrato com a Elektra Records, que começa a trabalhar com o grupo justamente com o disco que já havia sido lançado, devidamente melhorado e remixado.Em 1983, lançam “Shout At The Devil”, com ‘hits’ de calibre como “Looks That Kill”, “Ten Seconds To Love” e “Too Young To Fall In Love”. É quando eles começam a lucrar com a música e justamente a época em que começam a ganhar fama de desordeiros. Vince Neil, dirigindo seu carro em alta velocidade, se envolve em um acidente que acaba levando a morte seu amigo Nicholas Dingley, então guitarrista do Hanoi Rocks. Vince fica preso por 30 dias, paga uma fiança caríssima e presta serviços comunitários. Em 1985 sai o terceiro álbum da banda, “Theatre Of Pain” e, no ano seguinte, “Girls, Girls, Girls”.Quando a banda experimentava sua fase de maior sucesso, o baixista Nikki Six sofre uma overdose que os leva a cancelar uma turnê japonesa. No ano seguinte a banda tem um recesso forçado, com todos os integrantes internados em clínicas de recuperação de drogas.Em 1989 eles voltam com “Dr. Feelgood”, um disco mais pesado e agressivo. Um dos maiores sucessos de toda a carreira da banda aparece aí, “Kickstart My Heart”. Em seguida lançam “Decade of Decadence”, uma coletânea com remixes e duas faixas inéditas. Neste período sai o vocalista Vince Neil, que é substituído por John Corabi.Em 1994 sai um disco intitulado “Mötley Crüe” que não faz muito sucesso. Em 1997, acontece o retorno de Vince Neil à banda, e eles lançam “Generation Swine”, também muito criticado.Em 1998, uma nova coletânea é lançada com duas músicas inéditas. A banda sai em turnê, e agora Tommy Lee é preso, por agressões à sua esposa, a famosa atriz e modelo Pamela Anderson. Tommy é substituído por Randy Castilho, ex-baterista de Ozzy Osbourne. Coletâneas e discos ao vivo foram lançados, até que em julho de 2000 é lançado o disco “New Tatoo” com Randy novamente na bateria.

BIOGRAFIA DEEP PURPLE

A banda começou no final da década de 60, mais precisamente em 68. Na época, tocavam com outro nome: Roundabound. Rod Evans era o vocalista da formação original, juntamente com Ritchie Blackmore na guitarra, Nick Simper no baixo, Ian Paice na bateria e Jon Lord no teclado. Foi Blackmore que sugeriu o nome Deep Purple, lembrando de uma música que sua avó gostava muito.Depois de 3 álbuns em dois anos, a primeira mudança: saem Evans e Simper e entram Ian Gillan e Roger Glover em seus lugares. Foi o segundo álbum dessa nova formação, “Deep Purple in Rock” (1970), que levou a banda às paradas com clássicos como “Black Night” e “Child in Time” (quem não conhece essas, não é?). Essa é também a mais clássica formação da banda.Em 1971 o Deep Purple confirmou seu lugar no mundo do rock com o ótimo “Fireball”. Na sequência veio “Machine Head” (1972) que é até hoje um dos melhores da banda (top 10 nas estantes dos fãs de rock). É neste álbum que estão “Smoke On The Water” e “Highway Star”.Pouco antes da turnê de “Who Do We Think We Are” (1973), a banda sofreu outra mudança, a saída de Gillan e Glover. O vocalista o Free, Paul Rodgers, assumiu o microfone sendo logo substituído por David Coverdale. Glenn Hughes entrou no lugar de Glover. No ano seguinte é lançado “Burn” e para a tristeza de muitos, Blackmore deixa a banda. O motivo: desentendimentos com Coverdale.Tommy Bolin, guitarrista que substituiu Blackmore em 1974, faleceu dois anos mais tarde em virtude de uma overdose de heroína. Por esse e outros motivos, a banda acabou. Coverdale seguiu com o Whitesnake (com álbum lançado neste mesmo ano) Paice e o bigodudo, Jon Lord, juntaram-se a ele em 78. Roger Glover juntou-se a Blackmore, no Rainbow.A volta do Deep Purple só aconteceu anos depois, em 1984, com uma das melhores formações: Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice. Neste ano, lançam “Perfect Strangers”, que soou mais comercial e ‘bonitinho’ que o velho Deep Purple, desagradando muitos.Mais 3 anos se passam e os fãs esperam pelo próximo álbum. É aí que a coisa desanda: Ian Gillan sai da banda sendo substituído por Joe Lynn Turner (que havia tocado no Rainbow com Blackmore). A banda realizou grandes turnês, lançou 2 ótimos álbuns, mas francamente, Joe Lynn Turner é difícil de encarar.Graças à Deus e às rezas dos fãs, em 1992 Gillan volta à banda. Dois anos depois lançam um álbum ao vivo “Come Hell or High Water”, com as melhores músicas, uma alegria para fãs ou não. Infelizmente, Blackmore, que já tinha rusgas antigas com o vocalista resolveu pular fora. Joe Satriani participou da turnê seguinte e mais tarde, Steve Morse assumiu as 6 cordas.Com o esse novo line-up, gravaram “Perpendicular”, em 1996 e “Abandon”, em 1998, dois trabalhos que mantiveram intactas as características que fizeram do Deep Purple uma das bandas mais importantes de todos os tempos.Em 2003, veio o inédito “Bananas” e, com ele, uma nova turnê mundial, agora com Don Airey nos teclados. Eles passaram pelo Brasil novamente, onde fecharam o festival Kaiser Music ao lado do The Hellacopters e do Sepultura. O baterista Ian Paice ainda fez alguns workshops pelo país.No ano de 2004 comemorando os 30 anos do lançamento do disco “Burn”, o Deep Purple colocou nas lojas uma edição especial do álbum, que além das faixas originais conta com a música “Coronárias Redig” e remixes de “Mistreated”, “Burn”, “You Foll No One” e “Sail Away”.É comum que bandas consagradas ganhem um livro contando a trajetória da carreira e com o Deep Purple a história não foi diferente. Em 2004 o grupo ganhou a biografia “Smoke On The Water: The Deep Purple Story”, escrita por Dave Thompson. A obra traz também entrevistas com os membros da banda e curiosidades.

BIOGRAFIA BLACK SABBATH

Formado na Inglaterra, em 1968, o Black Sabbath foi pioneiro de um estilo copiado por inúmeras bandas nos anos 70 e 80: guitarras pesadas misturadas a temas sobrenaturais. A formação original era: Ozzy Osbourne (vocalista), Tony Iommi (guitarrista), Geezer Butler (baixista) e Bill Ward (baterista). O primeiro álbum, homônimo, veio em 1969 conquistando fãs por todo o Reino Unido. O sucesso mundial veio com o segundo e clássico álbum Paranoid, que rendeu um disco de platina para a banda. Master of Reality, o terceiro álbum do Black Sabbath, foi lançado em 1971 e nos anos seguintes se seguiram os álbuns, todos de uma impressionante qualidade e com vendagens altíssimas - um sucesso absoluto. Em 1979, uma mudança: o "front man" Ozzy Osbourne deixou a banda sendo substituído por Ronnie James Dio (ex-Elf e ex-Rainbow). Dio não deixou a peteca cair, ficando na banda até 1982 e gravando 3 álbuns. Sua saída do Sabbath não foi muito amigável. Outra mudança dessa época foi a troca de baterista: sai Bill Ward e entra Vinnie Appice. Vinnie também saiu em 82, e Bill Ward voltou ao Sabbath. O novo vocalista veio diretamente do Deep Purple: Ian Gillan, quando gravaram o álbum Born Again. Mais mudanças no Black Sabbath: Gillan sai, outros tentam assumir o posto, sem sucesso. A banda encerra suas atividades. Em 86, Iommi lança um disco que parece anunciar a volta do Sabbath: Black Sabbath featuring Tony Iommi, que conta com Glenn Hughes (ex-Deep Purple) como vocalista. Tony Martin assume o posto para as gravação de The Eternal Idol. Outros integrantes também são substituídos, e em 1992 um clássico chega às lojas: Dehumanizer, que conta com Dio novamente nos vocais. O décimo oitavo álbum, Cross Purposes chega em 94 (qunado tocaram aqui, no Monsters). A formação da banda consistia de Tony Martin (de novo), Geezer Butler, Tony Iommi e Bobb Rondinelli na bateria. O Sabbath conquistou milhares de fãs por todo o mundo, vendeu milhões de cópias e continua sendo a lenda viva do heavy metal. Em 1995 o Black Sabbath lançou Forbidden, com o destaque para as músicas The Illusion of Power, Get a Grip, Shaking Off The Chains e Sick and Tired. A formação da banda consistia de Tony Martin, Neil Murray (baixo), Tony Iommi e Cozy Powell (bateria). Cozzy Powel deixou a banda no meio da turnê americana e foi substituído por Bobby Rondinelli. No ano seguinte saiu uma coletânea. Em 1998 hove uma volta da formação original, com Ozzy que resultou em Reunion, álbum ao vivo com os maiores sucessos do Sabbath e mais duas músicas inéditas gravadas em estúdio, Psycho Man e Selling my Soul. Uma turnê seguiu essa reunião e o Black Sabbath voltou a se separar.

BIOGRAFIA WHITESNAKE

Logo que saiu do Deep Purple, em 1976, David Coverdale não perdeu tempo e no mesmo ano criou seu projeto solo que lançou David Coverdale’s Whitesnake. O segundo álbum desse projeto, Northwinds (1977) foi produzido por Roger Glover (do Deep Purple) e contou com a participação de Ronnie James Dio nos ‘backing vocals’. Nessa época a formação era Bernie Marsden e Micky Moody (guitarras), Neil Murray (baixo) e Dave Dowle (bateria). Em 78 saiu o álbum considerado de estréia do Whitesnake, Trouble. No ano seguinte, Jon Lord (que havia saído do Purple) juntou-se à banda e na sequência vieram Lovehunter de 1979, By the time Ready An’ Willing e Live In The Heart Of The City ambos de 1980. Come and Get It de 81 marcou a entrada de Ian Paice na banda. Apesar de tantos ex-Purples, o som do Whitesnake teve, desde o início, um estilo totalmente diferente do Deep Purple, mais voltato para as baladas hard rock, com muito ‘love’ nas letras de suas canções. Muitas mudanças ocorrem no Whitesnake, até o término da banda foi cogitado, o que, graças a Deus, não aconteceu. As mudanças: Bernie Marsden, Neil Murray e Ian Paice deixam a banda. Mas Coverdale não esmorece e chama ninguém menos que Cozy Powell para substituir Paice. Mel Galley (ex-Trapeze) assume a guitarra e Colin Hodgkinson o baixo. Lançam Saints And Sinners que conquista o público com músicas como Here I Go Again e Crying In The Rain. Slide It In de 84 traz mais uma mudança: Micky Moody sai, sendo substituído por John Sykes (ex-Tygers Of Pan Tang). O álbum é um sucesso (Love Ain’t No Stranger e Guilty Of Love estão nele), considerado um dos mehores da banda. Mel Galley apresenta problemas no braço e fica afastado da banda. O Whitesnake segue com um só guitarrista. O baixista Neil Murray volta para a banda enquanto Jon Lord volta para o Deep Purple. Em 85 a banda toca no Brasil, no Rock in Rio, no lugar do Def Leppard (que desistiu na última hora). Cozy Powell também deixa a banda e e m seu lugar entre Aynsley Dunbar. Whitesnake de 87 traz como participação especial, o guitarrista Adrian Vandenberg. A música Is This Love estoura nas paradas mundiais (aqui no Brasil, tocou até em novela). As mudanças não param por aí, Vandenberg é efetivado na banda e Sykes sai (dizem que ele queria ser o único guitarrista), Tommy Aldridge e Rudy Sarzo (Quiet Riot) substituem Dunbar e Neil Murray respectivamente. Vivian Campbell faz do Whitesnake um quinteto mais uma vez. O próximo álbum Slip Of The Tongue de 1989 porém, tem Steve Vai na guitarra, em vez de Campbell. Apesar do sucesso de hits como The Deeper The Love, o disco não vendeu muito bem, e Coverdale decide dar um tempo. Ele só volta em 93 com um projeto chamado Coverdale / Page (com Jimmy Page, ex-Led Zeppelin). Coverdale reformulou o Whitesnake em 1994, lançando uma coletânea, Greatest Hits. Em dezembro de 97 esteve no Brasil, no show da festa da 89 FM promovendo seu novo álbum, Restless Heart. Starkers In Tokyo surgiu quando a EMI propôs que Coverdale e Adrian Vandenberg fizessem um show acústico no Japão para promover o novo álbum. O resultado foi tão bem aceito pelos fãs que acabou virando CD. Em 2000, a gravadora lançou o “The Best Of”, um disco que traz todos os grandes hits que fizeram do Whitesnake uma das melhores bandas de Hard Rock do mundo. Já em 2003, ele começam uma turnê mundial, onde forma ‘headliners’ em diversos festivais na Europa e América do Norte. No ‘line up’ estão Reb Beach e Doug Aldrich nas guitarras, Timothy Drury nos teclados, Marco Mendonza no baixo e Tommy Aldridge na bateria, além é claro, de Coverdale nos vocais.

BIOGRAFIA GRIM REAPER

A banda foi formada em 1979 pelo guitarrista Nick Bowcott. Ele trabalhou com vários músicos locais até finalmente encontrar um line-up estável para a banda, no qual estavam incluídos o vocalista Steve Grimmett, o baixista Dave Wanklin e vários bateristas (esta parece ser a única parte da banda que nunca se estabilizou).
Construindo sua reputação na cidade de Droitwich, a banda grava uma faixa para uma coletânea de bandas de hard rock chamada Heavy Metal Heroes (com um vocalista que não era Steve Grimmett) e, com esta faixa, consegue um contrato com a gravadora inglesa Ebony Records. Escolhidos pelo próprio presidente da gravadora, Darryl Johnston, que decidiu trabalhar com o grupo após ouvir três faixas produzidas em uma maratona de 24 horas de gravação no festival local 'Battle of the bands', onde foram os vencedores entre as 100 bandas concorrentes.
O debut See You In Hell foi lançado em 1983, numa sexta feira, 13 de julho, e gravado em apenas quatro dias. Sucesso absoluto em terras Ianques, alcançou o nº 73 nos charts da Billboard, fato admirável para uma banda de heavy metal. Um vídeo para a faixa título foi lançado e teve grande aceitação na MTV, o que ajudou nas vendas do álbum e possibilitou que a banda fizesse um tourne americana de divulgação. O álbum recebeu ótimas resenhas da imprensa especializada nos EUA.
Com o sólido sucesso do álbum, a banda não perde tempo e grava seu segundo álbum Fear No Evil (gravado em nove dias). Fear No Evil foi lançado em maio de 1985 e marcou a estréia do baterista Marc Simon. As vendas do também foram alavancadas pela divulgação do clipe da banda para a faixa título. O vídeo foi dirigido por Chris Gaberin, que já trabalhou com o Quiet Riot e foi gravado em uma locação no oeste de Londres, próxima ao aeroporto de Heathrow. O vídeo traz pela primeira vez a imagem do personagem Grim Reaper, um ser 'meio homem- meio lobo' cujo lema era 'fear the reaper: no one scapes from his evil power'. See You In Hell e Fear No Evil juntos chegaram a vender mais de 200.000 mil cópias só nos EUA.
O terceiro álbum da banda iria se chamar Night Of The Vampire. A história sobre Night Of The Vampire gira em torno do produtor do álbum, Darryl Johnston, presidente da Ebony. A banda, por razões contratuais foi forçada a trabalhar com Darryl e, no final de 1986, começou a trabalhar no terceiro álbum. Steve e Nick constataram que o produtor não estava realmente produzindo o álbum, mas por razões contratuais foram forçados a trabalhar com Darryl. As demos do album foram rejeitadas quando chegaram na gravadora americana, a RCA. Este período foi muito difícil para o Grim Reaper. Os integrantes começaram até a procurar outros empregos e a banda quase acaba antes de lançar Rock You To Hell. Após uma parada de algumas semanas a banda tem a oportunidade de gravar com o produtor Max Norman (Ozzy, Megadeth, Savatage). As músicas são exatamente as mesmas de Night Of The Vampire, porém com uma produção inacreditávelmente excelente.
No final do verão de 1987, a banda infelizmente grava seu último álbum Rock You To Hell. Mais um grande sucesso de vendas e com outro baterista, Lee Harris. Apesar de todo o sucesso, haviam problemas pessoais entre os membros, o que os conduziu ao fim da banda. O fundador, Bowcott, voltou a escrever para a revista Circus e mais tarde começou a trabalhar para a Marshall Amplificadores em Nova Iorque.
Steve Grimmet conseguiu uma grande oportunidade como vocalista do Onslaught. Formado em 1983, como uma banda que fazia um crossover punk/metal pelo baterista Steve Grice e pelo guitarrista Nige Rockett, com o vocalista Paul Mahoneyand e o baixista Jason Stanford, a banda lança o primeiro album Power From Hell em 1985.
Os álbuns seguintes foram The Force e In Search Of Sanity, onde Grimmett estreou como vocalista. Desapontado pelas críticas negativas ao álbum, ele deixa a banda em 1990. Depois do Onslaught, Grimmett forma o Lionsheart, que tinha uma veia mais melódica, mas com a mesma garra de antigamente. A banda assina com a gravadora Music For Nations'. O álbum auto entitulado é lançado em 1993, mas não emplacou EUA e Inglaterra, porém foi sucesso absoluto no resto da Europa e no Japão.
O segundo álbum se chama Pride In Tact, foi lançado em 1994, e seu sucessor é Under Fire, de 1996. Em 1994, a MTV ressucitou o vídeo de See You In Hell, utilizando-o em um episódio de Beavis And Butthead', onde os personagens principais se divertiam com a imagem e o som que chamaram de datados. Porém, frisaram que quando nem pensavam em nascer a banda era uma das mais poderosas bandas existentes na cena metal.
Steve Grimmet lançou um album com o Friction, em 2002, entitulado simplesmente Friction, mas que em nada lembra a áurea época com o Grim Reaper, trazendo um rock'n'roll descompromissado, na linha de bandas como o Bad Company e até mesmo o recente Whitesnake.

BIOGRAFIA THE DOORS

O The Doors foi formado em 1965, em Los Angeles. Jim Morrison (V) and Ray Manzarek (K) faziam projetos juntos na escola de cinema, quando começaram a se interessar pela música. Depois de tocar com Rick & The Ravens, eles conheceram Robbie Kreiger, um guitarrista de blues de Chicago. John Densmore, o baterista, se juntou logo em seguida. O nome da banda foi tirado de um livro de Aldous Huxley, "The Doors Of Perception" (As Portas da Percepção). Passaram um ano compondo canções e escrevendo letras. Começaram seus shows. No início, Jim Morrison cantava de costas para a platéia, mas sua timidez foi superada com a ajuda de drogas como LSD, que o deixavam bastante à vontade em cima do palco. Com a entrada de Doug Labahn no baixo, gravaram o primeiro LP, The Doors, em 1967. "Break On Through" e "Light My Fire" são deste LP. Jac Holzman, da Elektra Records, viu na banda não apenas um grande potencial musical (surguido da cena alternativa de L.A.), mas também um grande potencial monetário. No final deste ano, lançaram Strange Days, gravado no Sunset Sound Studios. A atitude da banda começou a espantar alguns e a maravilhar outros. Suas letras não eram sobre paz e amor, mas sobre sexo e morte. Não apenas as músicas e as letras eram muito boas, mas as performances da banda (ou melhor, de Jim Morrison) ao vivo conquistavam o público cada vez mais. Leroy Vinegar entrou no lugar de Doug Labahn para a gravação de Waiting For The Sun em 1968. "Hello I Love You" conseguiu o 2º lugar nas paradas norte americanas. A gravadora, no entanto, começava a criticar o mau comportamento de Jim Morrison. Genioso, o cantor bebia demais, usava muitas drogas, destruía equipamentos e muitos de seus shows acabavam em confusão (seus discursos eram sobre sexo e drogas, e a polícia não gostava). The Soft Parade de 1969, é o LP mais fraco da banda, apesar de músicas como "Touch Me". O disco traz algumas improvisações de Jazz, mas deixa a desejar. O descontentamento de Morrison é visível e seus shows, um fiasco. Essa fase foi com certeza o início do fim de Jim Morrison. Para compensar, no ano seguinte lançam Morrison Hotel, quinto LP que fez a banda renascer das cinzas. Nesse ano veio ainda o primeiro e único ao vivo (antes que a banda terminasse): Absolutely Live. O renascimento da banda continuou com L.A. Woman, de 1971, agora com outro baixista, Jerry Scheff Além da faixa-título, o LP trazia também "Riders on the Storm". Apesar de ser um ótimo disco, a banda não estava unida, Morrison parecia querer ir em outra direção. A tour, que seria a última do The Doors, mostrava um Morrisom decadente (não exatamente nos vocais, mas de modo geral). Em março de 1971, Jim e sua namorada, Pamela, se mudaram para Paris, a fim de começar uma nova vida. Ambos tinham problemas com o excesso de álcool e drogas. No dia 3 de julho deste ano, esses problemas culminaram com a morte de Morrison. Pamela encontrou-o morto na banheira . Não foi feita nenhuma autópsia, mas a causa da morte é óbvia, decorrente de todo seu comportamento abusivo ao longo dos anos. Uma pena... O Doors acabou, seus outros integrantes não podiam sobreviver. Apesar disso lançaram ainda dois álbuns: Other Voices (1971) e Full Circle (1972). Não deu certo, e em 1973 os integrantes da banda seguiram em projetos solo, não muito bem sucedidos. Chegaram a formar o Butts Band. Se reuniram ainda em 1978, para gravar An American Prayer. Esse álbum conta com um material que Jim Morrison escreveu no ano de sua morte, para um álbum que sonhava gravar. Foi lançada uma série com os registros ao vivo da banda no Aquarius Theater em Hollywood, no ano de 1969: “Live at aquarius Theater: The First Performance” e “Live at Aquarius Theater: The Second Performance” e “Backstage and Dangerous:The Private Rehearsal”, sendo que este último nada mais é que um ensaio da banda, ocorrido no dia anterior à primeira apresentação. Os shows seria reunidos num único álbum ao vivo, que receberia o nome de “Absolutely Live”. A música porém continuou rendendo (fãs e dinheiro). Em 79, a música "The End" foi tema do filme Apocalypse Now. Algumas bandas tentaram trazer de volta a mágica que o Doors tinha. O resultado porém não chega nem aos pés (projetos como The BackDoors e Mojo Risin). Na década de 80 saíram outros LP's (coletâneas) e em 91 o filme The Doors (com a trilha lançada no mesmo ano) chega aos cinemas para mostrar a vida da banda, rendendo mais coletâneas. Em 2003, para a surpresa de todos, o tecladista Ray Manzarek e o guitarrista Robby Krieger anunciaram alguns shows pelos Estados Unidos, sob o nome do The Doors, acompanhados por Ian Astbury (The Cult), no vocal, Angelo Barbera, no baixo e Stewart Copland (The Police), na bateria.Quem não gostou desta história foi o baterista original do grupo, John Densdemore, que entrou com um processo contra seus ex-companheiros por uso indevido do nome da banda. Resta saber se esse novo The Doors, assim como o do passado, também abrirá algumas portas no Rock.

BIOGRAFIA AC/DC

O AC/DC foi uma das bandas que inventou o rock pesado. Tudo começou em 1973, Sydney, na Austrália, quando os irmãos Angus e Malcolm Young resolveram formar uma banda. No ano seguinte gravaram um compacto que mais tarde seria o High Voltage. A formação veio a se completar em 75 com Bon Scott (vocais), Mark Evans (baixo) e Phil Rudd (bateria).Nesse mesmo ano lançaram T.N.T. e em 1976, Dirty Deeds Done Dirt Cheap. Esses dois álbuns conseguiram a atenção da mídia e conquistaram milhares de fãs. O AC/DC saiu em sua primeira turnê mundial (Reino Unido e Europa).Let There Be Rock saiu em 77, e mudanças ocorreram no AC/DC: saiu o baixista Evans e Cliff Williams entrou em seu lugar. No ano seguinte saiu Powerage e If You Want Blood (You’ve Got It) dois grandes álbuns. O single Highway to Hell chegou ao top 20 no Reino Unido e ao top 10 nos Estados Unidos.Em 19 de fevereiro de 1980, uma péssima notícia: a trágica morte do vocalista Bon Scott, afogado em seu próprio vômito depois de um porre homérico. A perda marcou profundamente a banda. No mesmo ano, porém, o AC/DC voltou com tudo, lançando Back in Black com novo vocalista: Brian Johnson. O álbum foi uma homenagem (até no nome) à Bon, vendendo mais de 10 milhões de cópias só nos E.U.A. na época de seu lançamento.Em 81, For Those About to Rock (We Salute You) foi lançado e na sequência, outra mudança: Rudd foi substituído por Simon Wright. Assim a banda continuou lançando ótimos álbuns praticamente todos os anos (menos em 87), entre eles: ‘74 Jailbreak e Who Made Who. Em 89, Simon deixou o AC/DC para tocar com Ronnie James Dio e em seu lugar entrou Chris Slade. Até o início dos anos 90, o AC/DC vendeu mais de 80 milhões de álbuns em todo o mundo!No ano seguinte, a banda ganhou o Grammy de melhor álbum de Hard Rock com The Razor’s Edge. O álbum Ballbreaker de 1995 contou com a volta do baterista Phil Rudd. Em novembro de 97 saiu um box com 5 D’s, intitulado Bonfire, um tributo a Bon Scott.Finalmente, em 2000, a banda lança seu mais recente álbum, “Stiff Upper Lip”, cuja faixa-título chega ao primeiro lugar nas paradas das rádios americanas. O álbum torna-se sucesso absoluto de vendas, e consegue inclusive chegar ao topo do podium da Billboard.Em 2004 o vocalista do grupo Brian Johnson assinou as músicas de um musical sobre Helena de Tróia trazendo Dolores O’Riordan, do Cranberries no papel principal. O disco “Back in Time” relançado em 2003, conquistou o prêmio da Associação da Indústria Fonográfica nos Estados Unidos, depois de ter vendido mais de 20 milhões de cópias. Em 2005 o grupo colocou nas lojas o DVD “Family Jewels” e anunciou seu retorno aos estúdios em breve para as gravações da próxima bolacha da carreira.

BIOGRAFIA JUDAS PRIEST

A história do Judas Priest começou em 1970 na Inglaterra. K.K. Downing (guitarra) e Ian Hill (baixo) eram colegas de escola e resolveram montar uma banda, como tantos outros garotos de sua idade. É claro que não faziam a menor idéia do futuro que tinham pela frente... Chamaram Alan Atkins para ser o vocalista e John Ellis para a bateria. Foi Atkins que trouxe o nome Judas Priest, original de outra banda na qual havia tocado. Já no início do ano seguinte, 1971, fizeram seu primeiro show com essa formação, que não durou muito: John Ellis deixou a banda sendo substituído por Alan "Skip" Moore. Moore deu lugar a Chris "Congo" Campbell no mesmo ano. Em 1973, a namorada de Ian, Sue Halford (hoje, sua esposa), sugeriu que seu irmão substituísse Atkins que vinha apresentando problemas ameaçando acabar com a banda. Rob Halford se encaixou perfeitamente à banda, e trouxe consigo o baterista John Hinch que tocava com ele no Hiroshima. O guitarrista Glenn Tipton foi contratado para encorpar o som da banda. Com essa formação, lançaram seu álbum de estréia, Rocka Rolla, que não agradou muito a banda, já que foi mal produzido. Mesmo assim, foi lançado com sucesso. Em 1975, com a apresentação no Reading Festival, o Judas se firmou no cenário heavy metal britânico, trazendo uma música pesada, com energia e empolgação, sem contar o visual da banda, não muito comum na época. Conquistavam fãs por onde passavam. Logo depois da apresentação no Reading Festival, Alan Moore (bateria) volta para o Judas, para a gravação de Sad Wings of Destiny, de 1976. O terceiro álbum, Sin After Sin, foi produzido por Roger Glover (Deep Purple) e lançado em 1977. Foi nesse mesmo ano a primeira turnê americana da banda. No ano seguinte, sai Stained Class. Hell Bent For Leaher de 1979 é lançado no Reino Unido com outro nome: Killing Machine. Esse lançamento promoveu o título de "capitão" da New Wave Of British Heavy Metal para o Judas. Ainda nesse ano, mais mudanças na bateria da banda: sai Les Binks e entra Dave Holland. O ano de 1980 marca o lançamento de British Steel e a apresentação no Castle Donnington "Monsters Of Rock". O oitavo álbum Point Of Entry de 1981 traz um Judas mais "progressivo", um pouco diferente, o que causa certo descontentamento entre os fãs mais radicais. As vendas são ótimas, provando que o Judas continua com tudo. O disco de platina e o reconheciemto mundial da banda vem com o lançamento de Screaming For Vengeance de 1982. Os álbuns seguintes também foram ótimos, seguidos de longas turnês, mas a maioria dos fãs e a crítica pensa que eles não conseguiram a mesma façanha do lançamento de Screaming.... Em 1986, o lançamento de Turbo causa reações diversas nos fãs, pois tazia alguns efeitos eletrônicos... A banda sai em turnê mais uma vez. Em 1988, com o álbum Ram It Down, os fãs sentem uma volta aos bons velhos tempos, mas a mídia, impiedosa, não acredita mais na força do Judas. No ano seguinte, o Judas foi processado pela família de dois jovens que haviam cometido suicídio alguns anos atrás, supostamente incitados pelas músicas da banda. A família pedia 6 milhões de dólares como indenização! Depois de alguns meses, o Juiz decidiu que a morte dos garotos não era responsabilidade da banda...mas esses contratempos custaram o cancelamento de alguns shows que estavam agendados... Nesse mesmo ano, Scott Travis (bateria, recém-saído do Racer X) junta-se ao Judas Priest. Travis deu um gás à banda, que gravou o aclamado Painkiller. A turnê de Painkiller chega ao Brasil em 1991, quando a banda se apresenta no Rock In Rio II. No ano seguinte, Rob Halford anuncia que vai sair do Judas e leva o baterista Scott Travis para formar o Fight. Em 1993, o Fight lança seu álbum de estréia, War Of Words enquanto o Judas, ainda sem vocalista, não sabe que rumo tomar... Fala-se no fim do Judas Priest. Dois anos mais tarde, o Judas começa a procurar um vocalista e Travis volta à banda, já que o Fight havia acabado. Em 1996, Tim Owens assume os vocais e nesse mesmo ano lançam Jugulator. Ainda nesse ano, Glenn Tipton grava seu primeiro álbum solo, Baptizm Of Fire, onde também faz os vocais. Esse álbum é lançado no início de 97. Jugulator é um ótimo álbum, pesado, misturando heavy e thrash metal, num estilo diferente do Judas tradicional. O novo vocalista prova a que veio, apesar de muitos acharem que ele não passa de um cover de Rob Halford (na verdade ele tocava numa banda que fazia covers do Judas Priest). O ano de 1998 é marcado pelo lançamento do álbum duplo ao vivo 98'Live Meltdown, que traz os grandes sucessos da banda cantados por Ripper Owens. O próximo trabalho inédito da banda sairia somente 3 anos depois, mas toda essa espera valeu a pena. Pois apesar de flertar um pouco com o industrial e o eletrônico, a essência de “Demolition” é o Heavy Metal vigoroso, cheio de fúria, com guitarras distorcidas, vocais agudos e solos rápidos, no melhor estilo Judas Priest.O ano de 2001 ainda ficou marcado pelo lançamento do filme “Rock Star”, baseado na vida do vocalista Ripper Owens e por mais uma passagem avassaladora do grupo aqui no Brasil. Pouco depois, aconteceu o inesperado: Owens foi dispensado e Rob Halford voltou ao Judas Priest. Atualmente a banda já está trabalhando em material inédito com a formação clássica e tocando ao vivo. Já Owens passou a integrar o Iced Earth.

BIOGRAFIA LED ZEPPELIN

Tudo começou com o término do Yardbirds, banda na qual Jimmy Page havia tocado (Eric Clapton e Jeff Beck foram outros guitarristas de renome que passaram por essa banda). O ano era 1968 e James Patrick Page planejou formar o New Yardbirds. Um amigo, o baixista John Paul Jones se interessou pelo projeto. Chamaram para os vocais, Jerry Reid, que sugeriu outro vocalista pois tinha muitos compromissos e não podia entrar para a banda. Esse outro vocalista era ninguém menos que Robert Plant (que veio de uma banda chamada Hobbstweedble). Plant introduziu à banda o baterista John “Bonzo” Bonham, com quem já havia tocado antes no Crawling Ringsnake.Foi no ano seguinte, 1969 que os criadores do Hard Rock lançaram seu primeiro álbum, Led Zeppelin, gravado em 20 dias. Em outubro desse ano tocam pela primeira vez com o nome de Led Zeppelin. O segundo álbum, “Led Zeppelin II” atinge o 1º lugar nas paradas, “Whole Lotta Love” se torna um ‘hit’ que conquista fãs por todos os EUA, além de ser um dos melhores ‘riffs’ da história da guitarra.Em 1970, Plant sofre um acidente de carro no início do ano, mas isso não os impede de arrebentar num show histórico no English’s Bath Festival. O público, estimado em 200 mil pessoas foi à loucura. Em outubro sai Led zeppelin III, não tão aclamado quanto os anteriores pela crítica.Como resposta à críticas feitas ao álbum anterior, o Led Zeppelin lança em 1971 seu 4º álbum, sem título (que muitos chamam de “Led Zeppelin IV”). É desse álbum o mega sucesso “Stairway To Heaven”, considerado uma obra-prima, além da fortíssima “Black Dog” e da enérgica “Rock & Roll”.Em 1973 sai “Houses Of The Holly” que vai ao topo das paradas americanas depois da bem sucedida turnê norte-americana. No ano seguinte a banda lança um selo próprio, a Swan Song, que seria distribuído pela Atlantic. Em março de 1975 sai o primeiro álbum duplo da banda, “Phisical Graffiti”. A repercussão é tão grande que o Led Zeppelin se torna a primeira banda de Rock a ter cinco discos simultaneamente no Top 200 da Billboard. Os álbuns anteriores haviam voltado às paradas.Nesse mesmo ano, Plant sofre outro acidente de carro, sua esposa quase morre nesse acidente e Plant fratura o tornozelo que o impede de andar por seis meses. Uma turnê mundial é cancelada em função desse acidente.“Presence” é de 1976 e conquista disco de platina antes de chegar às lojas (só por encomendas), algo inédito para a época. O filme “The Song Remains The Same” sai no final do ano juntamente com o álbum duplo da trilha sonora, que inclui “Rock & Roll”, “Stairway To Heaven”, “Celebration Day” e a monstruosa e interminável “Dazed and Confused”, entre outras.A turnê de 1977 foi marcada por várias complicações: começa com um mês de atraso pois Robert Plant estava com amigdalite, alguns meses depois, seu filho morre com apenas 5 anos de idade e pra finalizar, Bonham quebra duas costelas.Em 1979 nasce o novo filho de Plant. “In Throught The Out Door” é lançado no dia do aniversário de Plant, 20 de agosto. Agora eram 8 discos no Top 200 da Billboard e shows com ingressos esgotados por todos os lados, provando que o Led Zeppelin estava cada vez mais forte. Nos Estados Unidos, o Led Zeppelin era nessa época a maior banda de Rock de todos os tempos. Uma turnê mundial é interrompida pois John Bonham apresenta problemas de estômago, mas eles voltam ao palco logo em seguida. Em setembro de 1980, no dia 25, uma notícia abala o mundo do Rock: John Bonham, aos 32 anos, é encontrado morto sufocado pelo próprio vômito. Ele havia tomado 40 doses de vodka (hi-fi) em 12 horas. Com a morte de Bonham a banda acabou, os outros integrantes não conseguiam nem imaginar a continuação do Led Zeppelin sem ele.Coletâneas do Led Zeppelin ainda são lançadas freqüentemente pelas gravadoras e em 2003, “How The West Was Won” um triplo ao vivo, chega às lojas acompanhado de um DVD duplo, para fã nenhum botar defeito.Os ex-integrantes da banda vem se dedicando a projetos paralelos e dando as caras no mercado fonográfico com novos lançamentos. Recentemente o ex-lider do Led Zeppelin, Robert Plant em carreira solo, lançou junto com a banda The Strange Sensation, um disco intitulado “Mighty ReArranger” sucessor de “Dreamland”, de 2002, enquanto John Paul Jones deve fazer uma participação no novo disco da banda Foo Fighters. Já o guitarrista Jimi Page tem planos de lançar sua autobiografia, contando fatos curiosos de sua vida e histórias da banda.Muitos boatos ainda surgem sobre uma possível volta do Led Zeppelin aos palcos, mas sempre são desmentidos pelos ex-integrantes do grupo.

BIOGRAFIA RUSH

A banda canadense Rush teve sua primeira formação em 1969. Em seus mais de 25 anos de história produziu não apenas álbuns de hard-rock, mas verdadeiras obras primas, que chegaram a fazer com que a banda fosse caracterizada por muitos como rock progressivo. A primeira formação da banda contava com o baixista e vocalista Geddy Lee (Gary Lee Weinrib), o guitarrista Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) e o baterista John Rutsey, companheiros de escola. Esta formação tocava covers de bandas de hard rock como Led Zeppelin e Cream no circuito de clubes de Toronto. O nome Rush foi sugerido pelo irmão do baterista John Rutsey. Em 1974, não tendo conseguido apoio de gravadoras, lançaram de forma independente seu primeiro disco, auto-entitulado. Apesar da excelente qualidade do disco não se tratava ainda do tipo de música elaborada que iria projetar a banda. Rush é um excelente álbum de hard rock, com bons instrumentistas e bastante energia e trata-se também do álbum mais espontâneo e mais simples da banda, o que o torna o preferido de alguns fãs. Logo após a gravação do primeiro álbum o baterista John Rutsey saiu da banda (alegando diferenças musicais e possíveis problemas de saúde), sendo substituído pelo lendário Neil Peart. Mais do que um baterista haviam conseguido um excelente letrista cujos trabalhos casavam perfeitamente com as composições de Geddy Lee e Alex Lifesson. Desde então a formação da banda não mudou. A repercussão do primeiro álbum independente nas rádios americanas chamou a atenção da gravadora Mercury. Seguiu-se o relançamento do primeiro álbum e turnês por toda a America como banda de abertura para o Kiss e o Uriah Heep. No segundo álbum, Fly By Night (1975), já contanto com Neil Peart, a banda finalmente começou a definir o estilo que a acompanharia, afastando-se do hard-rock-blues zepelliniano e passando a fletar com o progressivo em arranjos e principalmente letras mais complexas. A banda chegaria ainda mais próxima do progressivo a partir do terceiro álbum, Caress of Steel (1975), conceitual. O sucesso comercial só viria realmente em 1976 com a gravação de 2112 (também conceitual) que tornou a banda mundialmente conhecida. 2112 mostra ainda um grande salto da banda no quesito letras, com o conceito mais bem explorado até então (abordando o dominio do sistema sobre uma pessoa). No mesmo ano saiu o seu primeiro registro ao vivo, All The World is a Stage. A Farewell to Kings (1977) refletiu uma mudança semelhante de maturidade na parte musical da banda. Curiosamente um dos temas abordados, Cygnus X-1, seria citado posteriormente em vários outros álbuns, principalmente em Hemispheres de 1978 (considerado por muitos seu melhor e último grande trabalho conceitual). A partir de então a banda estranhamente simplificou seu som, se aproximando do que agradava às rádios, diminuindo o tamanho das músicas e evitando as suítes intermináveis. Conquistam obviamente um público muito maior às custas do desgosto de boa parte dos fãs antigos. O álbum Permanent Waves, lançado em 1980, traz o primeiro grande hit da banda, Spirit of Radio. Moving Pictures (1980) vem confirmar esta fase com a música Tom Sawier (adotada como tema do seriado Profissão Perigo - ECA !). Esta fase de ótima aceitação da banda por parte do grande público foi fechada com mais um excelente registro ao vivo, Exit Stage Left. Os próximos álbuns, Signals e Grace Under Pressure, de 82 e 83 respectivamente, trazem uma tentativa da banda de modernizar seu som, incluindo sintetizadores nos arranjos (deixando um pouco de lado as guitarras) e abordando temas futuristas. Power Windows (1985) e Hold Your Fire (1987), mantém este caminho. Em 1988 foi lançado o álbum ao vivo Show Of Hands. Nos álbuns a seguir a banda tentou resgatar um pouco de sua sonoridade antiga, optando por reduzir o uso de equipamentos eletrônicos. A tentativa de simplificar o som resultou em uma produção aparentemente ruim e os álbuns Presto (1990), Roll The Bones (1991) e Counterparts (1993) não tiveram uma recepção calorosa por parte dos fãs antigos. Em 1996 o Rush lançou o álbum Test For Echo, bastante aplaudido pela crítica e público. No ano seguinte, saíram as coletâneas Retrospective Vol 1 e Retrospective Vol 2, cada uma delas abrangendo os grandes sucessos do grupo lançados entre 1974 até 1987.Em 1998, a banda lançou o triplo ao vivo “Different Stages” e, em 2002, o inédito “Vapor Trails”. Nesse mesmo ano, o Rush veio ao Brasil, onde realizou apresentações memoráveis.No ano de 2003 o público pode conferir no disco “Rush In Rio” a performance ao vivo da banda, em um show realizado no estádio do Maracanã, em 2002. No álbum estão presentes os maiores sucessos da carreira. Um ano depois, o Rush estava de volta comemorando os 30 anos de estrada, com o álbum “Feedback”, composto por covers de grandes nomes do cenário rock’n’roll da década de 60. Músicas como “Summertime Blues”, do Blue Cheer e “What It’s Worth”, de Stephen Still são alguns dos destaques do disco.Em 2005, o grupo canadense ganhou um CD tributo, intitulado “Subdivisions”. O disco reúne os principais hits da carreira, interpretados por artistas de Hard Rock e Heavy Metal.

BIOGRAFIA CARLS DRUMMOND DE ANDRADE

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

BIOGRAFIA LUIS FERNANDO VERISSIMO

Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.
É casado com Lúcia e tem três filhos.
Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro "A Grande Mulher Nua", uma coletânea de seus textos.
Participou também da televisão, criando quadros para o programa "Planeta dos Homens", na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série "Comédias da Vida Privada", baseada em livro homônimo.
Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em "Procurando o Silva", Ed Mort em "Disneyworld Blues", Ed Mort em "Com a Mão no Milhão", Ed Mort em "A Conexão Nazista", Ed Mort em "O Seqüestro do Zagueiro Central", Ed Mort e Outras Histórias, O Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira , Sexo na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé, A Mão Do Freud, Orgias, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva, O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.
Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e, a partir de junho de 2.000, no jornal O Globo.
Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro (se é que os mouros trabalham). Pensava que, com aquela vasta produção, ele só podia levantar os olhos da máquina de escrever para pingar colírio, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. Boemia, papos furados pela noite a dentro, curtir restaurantes malocados, lazer em suma, nem pensar. De manhã à noite, sempre com a placa "Homens Trabalhando" pendurada no pescoço."
Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de sua terra natal no carnaval de 2.000.

BIOGRAFIA ÉRICO VERISSIMO

Erico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905, filho de Sebastião Verissimo da Fonseca e Abegahy Lopes Verissimo.Em 1909, com menos de 4 anos, vítima de meningite, agravada por uma broncopneumonia, quase vem a falecer. Salva-se graças à interferência do Dr. Olinto de Oliveira, renomado pediatra, que veio de Porto Alegre especialmente para cuidar de seu problema.Inicia seus estudos em 1912, freqüentando, simultaneamente, o Colégio Elementar Venâncio Aires, daquela cidade, e a Aula Mista Particular, da professora Margarida Pardelhas. Nas horas vagas vai o cinema Biógrafo Ideal ou vê passar o tempo na Farmácia Brasileira, de seu pai.Aos 13 anos, lê autores nacionais — Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos. Com tempo livre, tendo em vista o recesso escolar devido à gripe espanhola, dedica-se, também, aos autores estrangeiros, lendo Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.Em 1920, vai estudar, em regime de internato, no Colégio Cruzeiro do Sul, de orientação protestante, localizado no bairro de Teresópolis, em Porto Alegre. Tem bom desempenho nas aulas de literatura, inglês, francês e no estudo da Bíblia.Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão — sua mãe, o irmão e a filha adotiva do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém do tio Americano Lopes. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê Euclides da Cunha, faz traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco Nacional do Comércio.Continua devorando livros. Em 1923. Lê Monteiro Lobato, Oswald e Mário de Andrade. Incentivado pelo tio materno João Raymundo, dedica-se à leitura das obras de Stuart Mill, Nietzsche, Omar Khayyam, Ibsen, Verhaeren e Rabindranath Tagore.No ano seguinte, a família da mãe muda-se para Porto Alegre, a fim de que seu irmão, Ênio, faça o ginásio no Colégio Cruzeiro do Sul. Infelizmente a mudança não dá certo. O autor, que havia conseguido um lugar na matriz do Banco do Comércio, tem problemas de saúde e perde o emprego. Após tratar-se, emprega-se numa seguradora mas, por problemas de relacionamento com seus superiores, passa por maus momentos. Morando num pequeno quarto de uma casa de cômodos e diante de tantos insucessos, a família resolve voltar a Cruz Alta.Erico volta a trabalhar no Banco do Comércio, como chefe da Carteira de Descontos, em 1925. Toma gosto pela música lírica, que passa a ouvir na casa de seus tios Catarino e Maria Augusta. Seus primos, Adriana e Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler seus escritos.Logo percebe que a vida de bancário não o satisfaz. Mesmo sem muita certeza de sucesso, aceita a proposta de Lotário Muller, amigo de seu pai, de tornar-se sócio da Pharmacia Central, naquela cidade, em 1926. Em 1927, além dos afazeres de dono de botica, dá aulas particulares de literatura e inglês. Lê Oscar Wilde e Bernard Shaw. Começa a sedimentar seus conhecimentos da literatura mundial lendo, também, Anatole France, Katherine Mansfield, Margareth Kennedy, Francis James, Norman Douglas e muitos outros mais. Começa a namorar sua vizinha, Mafalda Halfen Volpe, de 15 anos.O mensário “Cruz Alta em Revista” publica, em 1929, “Chico: um conto de Natal” que, por insistência do jornalista Prado Júnior, Erico havia consentido. O colega de boticário e escritor Manoelito de Ornellas envia ao editor da “Revista do Globo”, em Porto Alegre, os contos “Ladrão de gado” e “A tragédia dum homem gordo”, onde, aprovadas, foram publicadas.Erico remete a De Souza Júnior, diretor do suplemento literário “Correio do Povo”, o conto “A lâmpada mágica”. Esse, segundo testemunhas, o publica sem ler, o que dá ao autor notoriedade no meio literário local.Com a falência da farmácia, em 1930, o autor muda-se para Porto Alegre disposto a viver de seus escritos. Passa a conviver com escritores já renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e outros. No final do ano é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da “Revista do Globo”, cargo que ocupa no início do ano seguinte.Em 1931 casa-se, em Cruz Alta, com Mafalda Halfen Volpe. Lança sua primeira tradução, “O sineiro”, de Edgar Wallace, pela Seção Editora da Livraria do Globo. No mesmo ano traduz desse escritor “O círculo vermelho” e “A porta das sete chaves”. Colabora na página dominical dos jornais “Diário de Notícias” e “Correio do Povo”.Em 1932, é promovido a Diretor da “Revista do Globo”, ocasião em que é convidado por Henrique Bertaso, gerente do departamento editorial da “Livraria do Globo”, a atuar naquela seção, indicando livros para tradução e publicação. Sua obra de estréia, “Fantoches”, uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Foram vendidos 400 exemplares dos 1.500 publicados. A sobra, um incêndio queimou. Traduz, em 1933, “Contraponto”, de Aldous Huxley, que só seria editado em 1935. Seu primeiro romance, “Clarissa”, é lançado com tiragem de 7.000 exemplares. Seu romance “Música ao longe” o faz ser agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934. No ano seguinte, nasce sua filha Clarissa. Outro romance, “Caminhos cruzados”, recebe o Prêmio Fundação Graça Aranha. O autor admite a associação desse romance a “Contraponto”, de Aldo Huxley, o que faz com que seja mal recebido pela direita e atice a curiosidade e a vigilância do Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul, que chegou a chamá-lo a depor, sob a acusação de comunismo. São publicados, ainda nesse ano, “Música ao longe” e “A vida de Joana d’Arc”. Realiza sua primeira viagem ao Rio de Janeiro (RJ), onde faz contato com Jorge Amado, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e outros mais. Seu pai falece.Em 1936, publica seu primeiro livro infantil, “As aventuras do avião vermelho”. Lança, também, “Um lugar ao sol”. Cria o programa de auditório para crianças, “Clube dos três porquinhos”, na Rádio Farroupilha, a pedido de Arnaldo Balvé. Dessa idéia surge a “Coleção Nanquinote”, com os livros “Os três porquinhos pobres”, “Rosa Maria no castelo encantado” e “Meu ABC”. Lança a revista “A novela”, que oferecia textos canônicos ao lado de outros, de puro entretenimento. Nasce seu filho Luis Fernando. É eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.O DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, exige que o autor submeta previamente àquele órgão as histórias apresentadas no programa de rádio por ele criado, em 1937. Resistindo à censura prévia, encerra o programa. Outra reação ao nacionalismo ufanista da ditadura Vargas se faz sentir na versão para didática da história do Brasil em “As aventuras de Tibicuera”.Um de seus maiores sucessos, “Olhai os lírios do campo”, é lançado em 1938. Publica, nesse mesmo ano, “O urso com música na barriga”, da “Coleção Nanquinote”.Erico passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao departamento editorial da Globo, em 1939. Em companhia de seus companheiros Henrique Barroso e Maurício Rosenblatt, é responsável pelo sucesso estrondoso de coleções como a Nobel” e da “Biblioteca dos Séculos”, nas quais eram encontrados traduções de textos de Virginia Wolf, Thomas Mann, Balzac e Proust. Mesmo assim, com todo esse trabalho, arranja tempo para lançar, ainda da série infantil, “A vida do elefante Basílio” e “Outra vez os três porquinhos”, e o livro de ficção científica “Viagem à aurora do mundo”.Em 1940, lança “Saga”. Pronuncia conferências em São Paulo (SP). Traduz “Ratos e homens”, de John Steinbeck; “Adeus Mr. Chips” e “Não estamos sós”, de James Hilton; “Felicidade” e “O meu primeiro baile”, de Katherine Mansfield. Faz sua primeira noite de autógrafos na Livraria Saraiva. Passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, em 1941, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro “Gato preto em campo de neve”. Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um suicídio: uma mulher se atira do alto de um edifício quando conversavam na praça da Alfândega, em Porto Alegre. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro “O resto é silêncio”.A censura no estado novo continuava atenta. A Globo cria a Editora Meridiano, uma subsidiária secreta para lançar obras que pudessem desagradar ao governo. Essa editora publica “As mãos de meu filho”, reunião de contos e outros textos, em 1942.No ano seguinte, publica “O resto é silêncio”, livro que merece críticas pesadas do clero local. Temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e á sua família, aceita o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia feito pelo Departamento de Estado americano. Muda-se para Berkley com toda a família.O Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil, confere-lhe o título de doutor Honoris Causa, em 1944. É publicado o compêndio “Brazilian Literature: An Outline”, baseado em palestras e cursos ministrados durante sua estada na Califórnia. Esse livro foi publicado no Brasil, em 1955, com o título “Breve história da literatura brasileira”. Passa o ano de 1945 fazendo conferências em diversos estados americanos. Retorna ao Brasil. Em 1946, publica “A volta do gato preto”, sobre sua vida nos Estados Unidos.Inicia, em 1947, a escrever “O tempo e o vento”. Previsto para ter um só volume, com aproximadamente 800 páginas, e ser escrito em três anos, acabou ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia, consumindo quinze anos de trabalho. Traduz “Mas não se mata cavalo”, de Horace McCoy. Faz a primeira adaptação para o cinema de uma obra de sua autoria: “Mirad los lírios Del campo”, produção argentina dirigida por Ernesto Arancibia que tinha em seu elenco Mauricio Jouvet e Jose Olarra.No ano seguinte, dedica-se a ordenar as anotações que vinha guardando há tempos e dar forma ao romance “O continente”. Traduz “Maquiavel e a dama”, de Somerset Maugham.”O continente”, primeiro volume de “O tempo e o vento”, é finalmente publicado, em 1949, recebendo muitos elogios da crítica. Recebe o escritor franco-argelino Albert Camus, autor de “A peste”, em sua passagem por Porto Alegre. No ano de 1951, é lançado o segundo livro da trilogia “O tempo e o vento”: “O retrato”. O trabalho não tão bem recebido pela crítica como o primeiro livro.Assume, em 1953, a convite do governo brasileiro, em Washington, E.U.A., a direção do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, na Secretaria da Organização dos Estados Americanos, substituindo a Alceu Amoroso Lima.No ano seguinte, é agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Lança “Noite”, novela que é traduzida na Noruega, França, Estados Unidos e Inglaterra. Visita, face às funções assumidas junto à OEA, diversos países da América Latina, proferindo palestras e conferências. De volta ao Brasil, em 1956, lança “Gente e bichos”, coleção de livros para crianças. Sua filha casa-se com David Jaffe e vai morar nos Estados Unidos. Dessa união nasceriam seus netos Michael, Paul e Eddie.Em 1957, publica “México”, onde conta as impressões da viagem que fizera àquele país.”O arquipélago”, terceiro livro da trilogia “O tempo e o vento”, começa a ser escrito em 1958. Tem um mal-estar ao discursar na abertura de um congresso em Porto Alegre. Consegue se refazer e disfarçar o ocorrido.Acompanhado de sua mulher e do filho Luis Fernando, faz sua primeira viagem à Europa, em 1959. Expõe sua defesa à democracia em palestras proferidas em Portugal e entra em choque com a ditadura salazarista. Lança “O ataque”, que reunia três contos: “Sonata”, “Esquilos de outono” e “A ponte”, além de um capítulo inédito de “O arquipélago”. Passa uma temporada na casa de sua filha, em Washington.Dedica-se, em 1960, a escrever “O arquipélago”.Em 1961, sofre o primeiro infarto do miocárdio. Após dois meses de repouso absoluto, volta aos Estados Unidos com sua mulher. Saem os primeiros tomos de “O arquipélago”. O terceiro tomo de “O Arquipélago” é publicado em 1962, concluindo o projeto de “O tempo e o vento”. O volume é considerado uma obra-prima. Visita a França, Itália e a Grécia.A mãe do biografado falece em 1963.Em 1964, seu filho Luis Fernando casa-se com Lúcia Helena Massa, no Rio de Janeiro, cidade para a qual ele se mudara em 1962. Dessa união nasceriam Fernanda, Mariana e Pedro. Insurge-se contra o golpe militar e dirige manifesto a seus leitores em defesa das instituições democráticas. Recebe o título de “Cidadão de Porto Alegre”, conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade.Ganha o Prêmio Jabuti – Categoria “Romance”, da Câmara Brasileira de Livros, em 1965, com o livro “O senhor embaixador”. Volta aos Estados Unidos.A convite do governo de Israel, visita aquele país em 1966. Vai aos Estados Unidos, mais uma vez, visitar seus familiares. Escreve “O prisioneiro”, que seria lançado em 1967. A Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro, publica, em cinco volumes, o conjunto de sua ficção completa. Desse conjunto faz parte uma pequena autobiografia do autor, sob o título “O escritor diante do espelho”. ”O tempo e o vento”, sob a direção de Dionísio Azevedo, com adaptação de Teixeira Filho, estréia na TV Excelsior, em 1967. No elenco, Carlos Zara, Geórgia Gomide e Walter Avancini. É agraciado com o prêmio “Intelectual do ano” (Troféu Juca Pato”), em 1968, em concurso promovido pela “Folha de São Paulo” e pela “União Brasileira de Escritores”.No ano seguinte, a casa onde Erico nascera, em Cruz Alta, é transformada em Museu Casa de Erico Verissimo. Lança “Israel em abril”.Em 1971, é editado o livro “Incidente em Antares”. Em 1972, comemorando os 40 anos de lançamento de seu primeiro livro, relança “Fantoches”, onde o autor acrescentou notas e desenhos de sua autoria.Amplia sua autobiografia, publicada em 1966, fazendo surgir suas memórias — sob o título de “Solo de clarineta” — cujo primeiro volume é publicado em 1973.O escritor falece subitamente no dia 28 de novembro de 1975, deixando inacabada a segunda parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria “A hora do sétimo anjo”.

BIOGRAFIA JOÃO UBALDO RIBEIRO

João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu na Ilha de Itaparica, Bahia, em 23 de janeiro de 1941, na casa de seu avô materno, à Rua do Canal, número um, filho primogênito de Maria Felipa Osório Pimentel e Manoel Ribeiro. O casal teria mais dois filhos: Sonia Maria e Manoel. Ao completar dois meses de idade, João muda-se com a família para Aracajú, SE, onde passaria a infância.
Em 1947 inicia seus estudos com um professor particular. Seu pai, professor e político, segundo o biografado, não suportava ter um filho analfabeto em casa. Já alfabetizado, em 1948 ingressa no Instituto Ipiranga. A partir daí permaneceria horas trancado na biblioteca de sua casa devorando livros infantis, sobretudo os de Monteiro Lobato. Forçado por seu austero pai, iria se dedicar com afinco aos estudos, procurando ser sempre o primeiro da classe. Sobre essa fase de sua vida leia mais em "Memória de Livros", deliciosa crônica que consta de "Releituras".
No ano de 1951 ingressa no Colégio Estadual de Sergipe. Sempre dedicado aos estudos, prestava ao pai, diariamente, contas sobre os livros lidos, sendo, algumas vezes, solicitado a resumi-los e a traduzir alguns de seus trechos. João era também solicitado a verter para o português canções francesas que o pai ouvia. Não tinha folga nem nas férias, pois nelas praticava o latim e copiava os sermões do padre Vieira, apesar de afirmar que fazia aquilo com prazer. Manoel Ribeiro, seu pai, era chefe da Polícia Militar e, nessa época, passa a sofrer pressões políticas, o que o faz transferir-se com a família para Salvador. Na capital baiana João Ubaldo é matriculado no Colégio Sofia Costa Pinto. Conta ele que era perseguido pela professora de inglês, em virtude de seu sotaque. "Ela não percebeu que eu falava inglês britânico, já que estudara em Sergipe com um professor educado na Escócia", diz o escritor. Desafiado, dedica empenho extraordinário ao idioma, chegando a decorar 50 palavras por dia. Vizinho de engenheiros americanos, faz amizade com seus filhos para aprimorar ainda mais seus conhecimentos da língua inglesa.
Em 1955 matricula-se no curso clássico do Colégio da Bahia, conhecido como "Colégio Central".
1956 marca o início da amizade com Glauber Rocha, seu colega na escola.
Estréia no jornalismo, começando a trabalhar como repórter no Jornal da Bahia, em 1957, sendo que posteriormente se transferiria para A Tribuna da Bahia, onde chegaria a exercer o posto de editor-chefe.
Em 1958 inicia seu curso de Direito na Universidade Federal da Bahia. Com Glauber Rocha edita revistas e jornais culturais e participa do movimento estudantil. Apesar de nunca ter exercido a profissão de advogado, foi aluno exemplar. Lê (ou relê), então, os grandes clássicos: Rabelais, Shakespeare, Joyce, Faulkner, Swift, Lewis Carroll, Cervantes, Homero, e, entre os brasileiros, Graciliano Ramos e Jorge de Lima. Nessa mesma Universidade, concluído o curso de Direito, faz pós-graduação em Administração Pública.
Participa da antologia Panorama do Conto Bahiano, organizada por Nelson de Araújo e Vasconcelos Maia, em 1959, com "Lugar e Circunstância", e publicada pela Imprensa Oficial da Bahia. Passa a trabalhar na Prefeitura de Salvador como office-boy do Gabinete e, em seguida, como redator no Departamento de Turismo.
Seu primeiro casamento dá-se em 1960 com Maria Beatriz Moreira Caldas, sua colega na Faculdade de Direito. Separaram-se após 9 anos de vida conjugal.
Com "Josefina", "Decalião" e "O Campeão" participa da coletânea de contos Reunião, editada pela Universidade Federal da Bahia no ano de 1961, em companhia de David Salles (organizador do livro), Noêmio Spinola e Sonia Coutinho.
Em 1963 escreve seu primeiro romance, "Setembro não faz sentido", título que substituiu o original (A Semana da Pátria), por sugestão da editora.
Em plena efervescência política do ano de 1964, João Ubaldo parte para os Estados Unidos, através de uma bolsa de estudos conseguida junto à Embaixada norte-americana, para fazer seu mestrado em Administração Pública e Ciência Política na Universidade da Califórnia do Sul. Conta que, na sua ausência, teve até sua fotografia divulgada pela televisão baiana, encimada por um enorme "Procura-se". Segundo João, o movimento revolucionário não sabia que ele, tido e havido como esquerdista, estava nos Estados Unidos às expensas daquele país.
Volta ao Brasil em 1965 e começa a lecionar Ciências Políticas na Universidade Federal da Bahia. Ali permaneceu por 6 anos, mas desistiu da carreira acadêmica e retornou ao jornalismo.
Com o prefácio de Glauber Rocha, que se empenhou junto à José Álvaro Editores pela sua publicação, João Ubaldo tem seu primeiro romance "Setembro não faz sentido" impresso, com o apadrinhamento de Jorge Amado.
Em 1969 casa-se com a historiadora Mônica Maria Roters, que lhe daria duas filhas: Emília (nascida em fevereiro de 1970) e Manuela (cujo nascimento ocorreria em junho de 1972). O casamento acabaria em 1978.
Em 1971 lança, pela Editora Civilização Brasileira, o romance "Sargento Getúlio", merecedor do Prêmio Jabuti concedido pela Câmara Brasileira do Livro, em 1972, na categoria "Revelação de Autor". O livro é inspirado principalmente num episódio ocorrido na infância de João Ubaldo, envolvendo um certo sargento Cavalcanti, que recebera 17 tiros num atentado em Paulo Afonso, na Bahia; resgatado pelo pai do autor, então chefe da polícia de Sergipe, chegaria com vida em Aracaju. Segundo a crítica, esse livro filiou seu autor a uma vertente literária que sintetiza o melhor de Graciliano Ramos e o melhor de Guimarães Rosa.
Publica, em 1974, o livro de contos "Vencecavalo e o outro povo" (cujo título inicial era "A guerra dos Pananaguás"), pela Artenova.
Com tradução feita pelo próprio autor, o romance "Sargento Getúlio" é lançado nos Estados Unidos em 1978, com boa receptividade pela crítica daquele país.
Em 1979 passa nove meses como professor convidado do International Writting Program da Universidade de Iowa e publica no Brasil, pela Nova Fronteira, que a partir de então seria sua principal editora, um "conto militar", na sua definição, intitulado "Vila Real".
1980 marca seu terceiro casamento, com a fisioterapeuta Berenice Batella, que lhe daria dois filhos: Bento e Francisca (nascidos em junho de 1981 e setembro de 1983, respectivamente). Participa, em Cuba, do júri do concurso Casa das Américas, juntamente com o critico literário Antônio Cândido e o ator e diretor de teatro Gianfrancesco Guarnieri. O primeiro prêmio foi concedido à brasileira Ana Maria Machado.
Muda-se, com a família, para Lisboa, Portugal, em 1981, graças a uma bolsa concedida pela Fundação Calouste Gulbenkian. Edita, no período em que ali viveu, com o jornalista Tarso de Castro, a revista Careta. De volta ao Brasil, passa a residir no Rio de Janeiro, cidade que tanto ama, e lança "Política", livro até hoje adotado por inúmeras faculdades. Lança, também, "Livro de Histórias" (depois republicado com o título de "Já podeis da pátria filhos"), coletânea de contos. Inicia colaboração com o jornal "O Globo", que perdura até hoje, com pequenas interrupções, publicando uma crônica por semana. Sua produção dessa época seria reunida em 1988 no livro "Sempre aos domingos".
Em 1982 inicia o romance "Viva o povo brasileiro", que se passa na Ilha de Itaparica e percorre quatro séculos da história do país. Originalmente o livro se chamava "Alto lá, meu general". Segundo João, o livro nasceu de um desafio de seus editores e da lembrança de uma afirmativa de seu pai, que dizia: "Livro que não fica em pé sozinho, não presta." Como seus livros sempre tiveram poucas páginas, diante da provocação, fez um com mais de 700. Nesse ano participou do Festival Internacional de Escritores, em Toronto, Canadá.
No ano seguinte estréia na literatura infanto-juvenil com "Vida e paixão de Pandonar, o cruel". Seu livro "Sargento Getúlio" chega aos cinemas, num filme dirigido por Hermano Penna e protagonizado por Lima Duarte. O longa-metragem receberia os seguintes prêmios no Festival de Gramado: Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Som Direto, Melhor Filme, Grande Prêmio da Crítica e Grande Prêmio da Imprensa e do Júri Oficial. Volta a residir em Itaparica, na casa onde nascera.
"Viva o povo Brasileiro" é finalmente editado em 1984, e recebe o Prêmio Jabuti na categoria "Romance" e o Golfinho de Ouro, do governo do Rio de Janeiro. Inicia a tradução desse livro para o inglês, tarefa que lhe consumiria dois anos de trabalho e a partir do qual passaria a utilizar o computador para escrever. Ao lado de Jorge Luis Borges e Gabriel Garcia Marques, participa de uma série de nove filmes produzidos pela TV estatal canadense sobre a literatura na América Latina.
João Ubaldo é consagrado na Avenida Marquês de Sapucaí: seu livro "Viva o povo brasileiro" é escolhido como samba-enredo da escola Império da Tijuca para o carnaval do ano de 1987.
Em 1989 lança o romance "O sorriso do lagarto".
Em 1990 publica "A vingança de Charles Tiburone", sua segunda experiência em literatura infanto-juvenil. A convite da Deutsch Akademischer Austauschdienst, muda-se com a família para Berlim, onde viveria por 15 meses. Publica crônicas semanais no jornal Frankfurter Rundschau, além de produzir peças radiofônicas de grande alcance popular, entre elas, uma adaptação de seu conto "O santo que não acreditava em Deus".
Retorna ao Brasil em 1991, e volta a residir no Rio de Janeiro. Seu romance "O sorriso do lagarto" é adaptado para o formato de minissérie por Walter Negrão e Geraldo Carneiro e estréia na Rede Globo, tendo como protagonistas Tony Ramos, Maitê Proença e José Lewgoy. Volta a escrever no jornal O Globo e inicia colaboração no O Estado de São Paulo, passando a publicar em ambos uma crônica aos domingos.
Em 1993 adapta "O santo que não acreditava em Deus" para a série Caso Especial, da Rede Globo, que teve Lima Duarte no papel principal. No dia 7 de outubro é eleito para a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, na vaga aberta com a morte do jornalista Carlos Castello Branco. Disputavam com ele o piauiense Álvaro Pacheco e o mineiro Olavo Drummond. No terceiro escrutínio João Ubaldo obteve 21 votos contra 13 de Pacheco e um nulo.
Termina, em 1994, a adaptação cinematográfica, feita em parceria com Cacá Diegues e Antônio Calmon, do romance "Tieta do Agreste", de seu amigo e conterrâneo Jorge Amado. O filme teve a atriz Sonia Braga no papel principal e direção de Cacá Diegues. Toma posse na Academia Brasileira de Letras em 8 de junho. Cobre, nos Estados Unidos, a Copa do Mundo de Futebol como enviado dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. De volta ao Brasil é internado numa clínica em Botafogo, com arritmia cardíaca. Participa da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e lá recebe o Prêmio Anna Seghers, concedido somente a escritores alemães e latino-americanos.
Recebe o prêmio Die Blaue Brillenschlange -- concedido ao melhor livro infanto-juvenil sobre minorias não-européias -- pela edição alemã de "Vida e paixão de Pandonar, o cruel". Lança o livro de crônicas "Um brasileiro em Berlim", sobre sua estada naquela cidade.
Volta a participar da Feira do Livro de Frankfurt, em 1996. Detém a cátedra de Poetik Dozentur na Universidade de Tubigem, Alemanha.
Em 1997 é internado novamente no Rio, desta vez com fortes dores de cabeça provocadas por uma queda. Cacá Diegues compra os direitos de filmagem do livro "Já podeis da pátria filhos". Renova contrato com a Nova Fronteira, depois de receber propostas de outras editoras. Publica o romance "O feitiço da Ilha do Pavão".
Participa em Paris do Salão do Livro da França, em 1998. Vende os direitos de "Viva o povo brasileiro" para o cinema; o filme deve ser dirigido pelo cineasta André Luis Oliveira. Lança o livro "Arte e ciência de roubar galinha", seleção de crônicas publicadas nos jornais O Globo e O Estado de São Paulo.
Durante a IX Bienal do Livro - Rio de Janeiro, em Abril de 1999, lança o livro "A Casa dos Budas Ditosos", da série Plenos Pecados, um romance sobre a luxúria publicado pela Editora Objetiva Ltda., que obtém enorme sucesso de vendas.
Ainda em 1999, foi um dos escritores escolhidos em todo mundo para dar um depoimento ao jornal francês "Libération", sobre o milênio que se aproximava. Escreveu, juntamente com Carlos (Cacá) Diegues, o roteiro de um filme baseado em seu conto "O santo que não acreditava em Deus", cujo título para o cinema foi "Deus é brasileiro". Seu romance "O feitiço da Ilha do Pavão" foi publicado em Portugal e em tradução alemã, pela editora C.H. Beck. "A Casa dos Budas Ditosos" torna-se um grande sucesso editorial, permanecendo, por mais de trinta e seis semanas, entre os dez livros mais vendidos. O romance foi publicado na Espanha, França e outros países. Seu lançamento em Portugal se transformou em problema nacional face à proibição, por duas redes de supermercados, de sua venda naqueles estabelecimentos. A primeira edição, de 5.000 exemplares, foi vendida em poucos dias e novas edições também. João Ubaldo, em janeiro/2000, esteve lá para ser homenageado pelos escritores portugueses com um desagravo a tal procedimento. Nessa oportunidade participou da Semana de Estudos Lusófonos, na Universidade de Coimbra. Foi, também, citado em diversas antologias, nacionais e estrangeiras, inclusive numa sobre futebol, publicada pelo jornal "Le Monde", na França. Saíram várias reedições de seus livros na Alemanha, incluindo uma nova edição de bolso de "Sargento Getúlio". "O sorriso do lagarto" foi publicado na França. "A casa dos Budas ditosos" foi traduzido para o inglês, nos Estados Unidos. Seu livro "Viva o povo brasileiro" foi indicado para o exame de Agrégation, um concurso nacional realizado na França para os detentores de diploma de graduação.

BIOGRAFIA FERREIRA GULLAR

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, quarto filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos. Depois, estuda com professoras contratadas pela família e em um colégio particular, do qual acaba fugindo. Em 1941, matriculou-se no Colégio São Luís de Gonzaga, naquela cidade.Aprovado em segundo lugar no exame de admissão do Ateneu Teixeira Mendes, em 1942, não chega a concluir o ano letivo nesse colégio. Ingressa na Escola Técnia de São Luís, em 1943. Apaixonado por uma vizinha, Terezinha, deixa os amigos e passa a se dedicar à leitura de livros retirados da Biblioteca Municipal e a escrever poemas.Na redação sobre o Dia do Trabalho, onde ironizava o fato de não se trabalhar nesse dia, em 1945, obtém nota 95 e recebe elogios pelo seu texto. Só não obteve a nota máxima em virtude dos erros gramaticais cometidos. Face ao ocorrido, dedica-se ao estudo das normas da língua. Essa redação foi inspiradora do soneto "O trabalho", primeiro poema publicado por Gullar no jornal "O Combate", de São Luís, três anos depois.Torna-se locutor da Rádio Timbira e colaborador do "Diário de São Luís", em 1948.Editado com recursos próprios e o apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias, publica seu primeiro livro de poesia, "Um pouco acima do chão". Em 1950, após haver presenciado o assassinato de um operário pela polícia, durante um comício de Adhemar de Barros na Praça João Lisboa, em São Luís, nega-se a ler, em seu programa de rádio, uma nota que aponta os "baderneiros" e "comunistas" como responsáveis pelo ocorrido. Perde o emprego, mas é convidado para participar da campanha política no interior do Maranhão. Vence o concurso promovido pelo "Jornal de Letras" com o poema "O galo". A comissão julgadora era formada por Manuel Bandeira, Odylo Costa Filho e Willy Lewin. Começa a escrever poemas que, mais tarde, integrariam seu livro "A luta corporal". Muda-se para o Rio de Janeiro (RJ), em 1951. Passa a trabalhar na redação da "Revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comércio", para onde foi indicado por João Condé. Torna-se amigo do crítico de arte Mário Pedrosa. A publicação de seu conto "Osiris come flores" na "Revista Japa" rende-lhe mais um emprego: o de revisor da revista "O Cruzeiro", por indicação de Herberto Sales, que se encantou com o conto publicado. Vai até a cidade de Correias (RJ) onde, por três meses, trata-se de uma tuberculose. Oswald de Andrade, que havia lido "A luta corporal", texto inédito e recém-concluído de Gullar, no dia de seu aniversário, em 1953, presenteia-o com dois volumes teatrais de sua autoria: "A morta", "O Rei da Vela", e "O homem a cavalo". Em 1954, casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teve três filhos: Paulo, Luciana e Marcos. Lança "A luta corporal", que causou desentendimentos com os tipógrafos em função do projeto gráfico apresentado. Após sua leitura, Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari manifestam-lhe, por carta, o desejo de conhecê-lo. No fim desse ano, passa a trabalhar como revisor na revista "Manchete".Seu encontro com Augusto de Campos se dá às vésperas do carnaval de 1955, resultando inúmeras discussões sobre a literatura. Trabalha como revisor no "Diário Carioca" e, posteriormente, engaja-se no projeto "Suplemento dominical" do "Jornal do Brasil". A convite do trio de escritores paulistas acima citados, participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1956. Em janeiro do ano seguinte, o MAM carioca recebe a citada exposição. Gullar discorda da publicação do artigo "Da psicologia da composição à matemática da composição", escrito pelo grupo concretista de São Paulo. Redige resposta intitulada "Poesia concreta: experiência fenomenológica". Os dois textos são publicados lado a lado na mesma edição do "Suplemento Dominical". Com seu artigo, Gullar marca sua ruptura com o movimento.Em 1958, lança o livro "Poemas. No ano seguinte, escreve o "Manifesto Neo-concreto", publicado no "Suplemento Dominical" e que foi também assinado por, entre outros, Lygia Pape, Franz Waissman, Lygia Clark, Amilcar de Castro e Reynaldo Jardim. Ali também foi publicado "Teoria do não-objeto. Criou o "livro-poema" e o "Poema enterrado", que consistia de uma sala subterrânea, dentro da qual havia um cubo de madeira de cor vermelha, dentro desse um outro, verde, de menor diâmetro, e, finalmente, um último cubo de cor branca que, ao ser erguido, permitia a leitura da palavra "Rejuvenesça". Construído na casa do pai do artista plástico Hélio Oiticica, a "instalação" não pode ser vista pelo público: uma inundação, provocada por fortes chuvas, alagou a sala e destruiu os cubos.É nomeado, em 1961, com a posse de Jânio Quadros, diretor da Fundação Cultural de Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte Popular e inicia sua construção. Revê sua postura poética, até então muito marcada pelo experimentalismo, e passa a não atuar nos movimentos de vanguarda. Fica no cargo até outubro/61.Emprega-se, em 1962, como copidesque na filial carioca do jornal "O Estado de São Paulo", para o qual trabalharia por 30 anos. Ao mesmo tempo, ingressa no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC). Publica "João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" e "Quem matou Aparecida". Assume, com essas publicações, uma nova atitude literária de engajamento político e social. No ano seguinte é eleito presidente do CPC. Lança o ensaio "Cultura posta em questão". Em 1964, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) é invadida e a primeira edição do citado ensaio acaba queimada. No dia 1º de abril de 1964, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro. Ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes, Thereza Aragão, Pichin Pla, entre outros, funda o "Grupo Opinião". O ensaio "Cultura posta em questão" é reeditado em 1965.Em 1966, a peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", escrita em parceria com Oduvaldo Viana Filho, é encenada pelo "Grupo Opinião" no Rio de Janeiro, e conquista os prêmios Molière e Saci. No ano seguinte o mesmo grupo encena, também no Rio, a peça "A saída? Onde está a saída?, escrita em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa."Por você, por mim", poema sobre a guerra do Vietnã, é publicada em 1968, juntamente com o texto da peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita em parceria com Dias Gomes e montada nos teatros "Opinião" e "João Caetano", no Rio de Janeiro, com a direção de José Renato. Com a assinatura do Ato Institucional nº 5, é preso, em companhia de Paulo Francis, Caetano Veloso e Gilberto Gil.Em 1969, lança o ensaio "Vanguarda e subdesenvolvimento".1970 marca sua entrada na clandestinidade. Passa a dedicar-se à pintura.Informado por amigos, em 1971, do risco que corria se continuasse no Brasil, decide partir para o exílio, morando primeiro em Moscou (Russia) e depois em Santiago (Chile), Lima (Peru) e Buenos Aires (Argentina). Durante esse período, colabora com o semanário "O Pasquim", sob o pseudônimo de Frederico Marques. Seu pai falece em São Luís (MA).Em 1974, por unanimidade, é absolvido no Supremo Tribunal Federal, da acusação Publica, em 1975, "Dentro da noite veloz". O "Poema sujo" é escrito entre maio de outubro desse ano. Em novembro, lê o novo trabalho na casa de Augusto Boal, em Buenos Aires, para um grupo de amigos. Vinicius de Moraes, que organizou a sessão de leitura, pede uma cópia do poema para trazer ao Rio. Por precaução, o poema é gravado em fita cassete. No Rio, Vinicius promove diversas sessões para que intelectuais e jornalistas ouvissem o "Poema sujo". Ênnio Silveira, editor, pede uma cópia do texto para publicá-lo em livro. Enquanto isso não acontece, diversas cópias da gravação circulam pela cidade em sessões fechadas de audição.No ano seguinte, sem a presença do poeta, o "Poema sujo" é lançado, enquanto Gullar dá aulas particulares de português em Buenos Aires, para poder sobreviver. Amigos tentam um salvo-conduto junto às autoridades militares, procurando obter garantias para que ele volta ao país.Somente em 10 de março de 1977 desembarca no Rio. No dia seguinte, é preso pelo Departamento de Polícia Política e Social, órgão sucessor do famoso "DOPS". As ameaças feitas por agentes policiais, que se estendiam a membros de sua família, só terminaram após 72 horas de interrogatórios, ocasião em que é libertado face à movimentação de amigos junto às autoridades do regime militar.Retorna, aos poucos, às atividades de crítico, poeta e jornalista. Lança "Antologia Poética". "La lucha corporal y otros incendios" é publicada em Caracas, Venezuela. No ano seguinte, 1978, grava o disco "Antologia poética de Ferreira Gullar" e, sob a direção de Bibi Ferreira, é encenada a peça teatral "Um rubi no umbigo". Começa a escrever para o Grupo de Dramaturgia da Rede Globo, indicado pelo amigo Dias Gomes.Seu livro "Na vertigem do dia" é publicado em 1980 e "Toda poesia", reunião de sua obra poética, comemora seus 50 anos de vida. Estréia a versão teatral do "Poema sujo", com a interpretação de Esther Góes e Rubens Corrêa, sob a direção de Hugo Xavier, na Sala Sidney Miller, no Rio de Janeiro. Lança o livro "Sobre arte", coletânea de artigos publicados na revista "Módulo", entre 1975 e 1980.A Rede Globo exibe o seu especial "Insensato coração", em 1983.Em 1984, recebe o título de "Cidadão Fluminense" na Assembléia Legislativa do Rio. Profere a conferência "Educação criadora e o desafio da transformação sócio-cultural" na abertura do 25º Congresso Mundial de Educação pela Arte, realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.Com a tradução de "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand, publicada em 1985, é agraciado como prêmio Molière, até então inédito para a categoria tradutor. Em 1987 lança "Barulhos". Dois anos depois, publica ensaios sobre cultura brasileira e a questão da vanguarda em países desenvolvidos, no livro "Indagações de hoje"."A estranha vida banal", uma coletânea de 47 crônicas escritas para "O Pasquim" e "Jornal do Brasil", são publicadas em 1990. Colabora com Dias Gomes na novela "Araponga". Morre, no Rio, seu filho mais novo, Marcos.Nomeado diretor do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), em 1992, lá permanece até 1995. A Rede Globo exibe a minissérie "As noivas de Copacabana", escrita em parceria com Dias Gomes e Marcílio Moraes.Lança, em 1993, "Argumentação contra a morte da arte", que provoca polêmica entre artistas plásticos.Morre, no Rio, sua mulher Thereza Aragão, em 1994. Seu livro "Luta corporal" ganha edição comemorativa a seus 40 anos de publicação. No Centro Cultural Banco do Brasil - Rio, ocorre um evento sobre o trabalho do poeta.Em 1997, lança "Cidades inventadas", coletânea de contos escritos ao longo de 40 anos. Passa a viver com a poeta Cláudia Ahimsa.No ano seguinte publica "Rabo de foguete - Os anos de exílio". É homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Rotterdã.Lança, em 1999, o livro "Muitas vozes" e é agraciado com o Prêmio Jabuti, categoria poesia. Recebe, também, o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional."Ferreira Gullar 70 anos" foi o nome dado à exposição aberta em setembro de 2000, no Museu de Arte Moderna do Rio, para marcar o aniversário do poeta. Ocorre o lançamento da nona edição de "Toda poesia", reunião atualizada de todos os poemas de Gullar. O poeta recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gatinho ", 17 poemas sobre seu felino escritos para crianças.
É publicado na coleção Perfis do Rio “Ferreira Gullar - Entre o espanto e o poema”, de George Moura em 2001. São reunidas crônicas escritas para o “Jornal do Brasil” nos anos 60 no livro “O menino e o arco-íris”. Lança uma coleção infanto-juvenil “O rei que mora no mar”, poemas dos anos 60 de Gullar.
Em 2002, é indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por nove professores titulares de universidades de Brasil, Portugal e Estados Unidos. São relançados num só livro, os ensaios dos anos 60: “Cultura posta em questão” e “Vanguarda e subdesenvolvimento”. Em dezembro o poeta recebe o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.

BIOGRAFIA AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA

Affonso Romano de Sant'Anna nasce em Belo Horizonte, no dia 27 de março de 1937, filho de Jorge Firmino de Sant'Anna, Capitão da Polícia Militar mineira, e de D. Maria Romano de Sant'Anna.Criado em Juiz de Fora, tem uma infância de menino pobre, trabalhando desde muito cedo para pagar seus estudos. Entre um e outro biscate, aproveita para ler os livros que consegue nas bibliotecas do Serviço Social da Indústria (SESI). Filho de pais protestantes, é criado para ser pastor. Aos 17 anos prega o evangelho em várias cidades de Minas Gerais, visita favelas, prisões e hospitais, convivendo com pessoas pobres e sofridas. Leva a elas sua mensagem. Essa experiência irá influir, futuramente, no estilo de seus textos e poesias, com forte conteúdo social.Custeia seus estudos na Faculdade de Letras de Belo Horizonte, tornando-se bacharel.Em 1956, esteve envolvido com movimentos de vanguarda e, no ano seguinte, com sua voz de barítono, passa a fazer parte do "Madrigal Renascentista", à época regido pelo maestro Isaac Karabtchevsky.Fez parte dos movimentos que transformaram a poesia brasileira, sempre interagindo com grupos inovadores e construindo sua própria linguagem e trajetória. Data desta época a participação nos movimentos políticos e sociais que marcaram o país. Como poeta e cronista, foi considerado pela revista "Imprensa", em 1990, como um dos dez jornalistas formadores de opinião por desempenhar atividades no campo político e social que marcaram o país nos anos 60.Coloca em seu primeiro livro, lançado em 1962, "O Desemprego da Poesia", seu inconformismo com a atuação do poeta da época que não possuía a força dos poetas do século XIX. Analisa o desencontro do poeta no seu tempo e sua frustração pessoal. O poeta era tido como um ser boêmio, romântico, fora de época.Em 1965, muda-se para Los Angeles onde, durante dois anos, dá cursos de Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia. Nasce sua primeira filha, Fabiana. Lança seu primeiro livro de poesias "Canto e Palavra".Em 1968, retorna aos Estados Unidos para, durante dois anos, participar como bolsista do International Writing Program, na cidade de Iowa, dedicado a jovens escritores de todo o mundo. Apresenta, na Universidade Federal de Minas Gerais, em 1969, sua tese de doutoramento "Carlos Drummond de Andrade, o Poeta "Gauche", no Tempo e Espaço", publicada em 1972 e que lhe garantiu os quatro prêmios mais importantes no universo literário brasileiro.Casa-se, em 1971, com Marina Colasanti, escritora e jornalista, segundo ele sua melhor crítica e também musa inspiradora.Nasce, em 1972, sua segunda filha, Alessandra. Leciona na Pontifícia Universidade Católica - PUC e na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.De 1973 a 1976, dirige o Departamento de Letras e Artes da PUC/RJ. Para o curso de Pós-Graduação em Letras, realizado em 1976 na PUC/RJ, promove a vinda de conferencistas internacionais, entre os quais Michel Foucault, sociólogo francês. Houve grande repercussão da visita de Foucault ao país, que se encontrava em pleno regime ditatorial. Lança seu segundo livro de poesias "Poesia sobre Poesia".Em 1976, volta aos Estados Unidos para lecionar Literatura Brasileira na Universidade do Texas.Em 1978, torna-se professor de Literatura na Universidade de Colônia, na Alemanha. Lança "A grande fala do índio guarani".Lança, em 1980, o livro de poesias "Que país é este?", cujo poema título é publicado com destaque pelo "Jornal do Brasil". Leciona, durante dois anos, na Universidade Aix-en-Provence, na França, como professor visitante.Em 1984, assume no "Jornal do Brasil" a coluna anteriormente escrita por Carlos Drummond de Andrade, o que viria confirmar a opinião do conhecido crítico Wilson Martins de que o biografado seria o sucessor de Drummond. O jornal publica seus poemas na página de política, e não no suplemento literário, iniciativa pioneira e insólita, o que faz com que Sant'Anna mude seu conceito sobre o próprio emprego do poeta na sociedade. Percebe mais claramente que a função do poeta está vinculada, primeiramente, ao fato de que ele precisa ter uma linguagem eficiente, ter domínio de todas as técnicas, falar sobre assuntos que interessem às pessoas em geral, sem narcisismo nem subjetivismo, e encontrar um veículo eficiente para projetar o seu trabalho, no caso o jornal. Considera o livro ainda muito elitista, sofisticado, de acesso impossível às camadas mais pobres de nossa sociedade. Saber que seus poemas, como: "A Implosão da Mentira", "Que país é este?" (traduzido para o espanhol, inglês, francês e alemão) e "Sobre a atual vergonha de ser Brasileiro", estavam sendo lidos nas casas, nas praias, nos clubes, transformados em poster e colocados nas paredes de escritórios e sindicatos, em muito o gratifica e o ensina que os poetas têm que re-achar o seu lugar existencial e estético dentro da sociedade.Publica pela Editora Rocco seu primeiro livro de crônicas, "A Mulher Madura", em 1986.Em março do ano seguinte participou do Congresso "Les Belles Etrangères", onde foram reunidos dezenove escritores brasileiros em Paris e no mesmo ano publica com sua esposa a antologia "O Imaginário a Dois".Em 1989 participou do "IV Encontro de Poetas do Mundo Latino", realizado no México.Em 1990, nomeado Presidente da Fundação Biblioteca Nacional (a oitava maior biblioteca do mundo, com mais de oito milhões de volumes), cargo que ocupa até 1966, onde defronta-se, na prática, com sua própria frase a respeito do país: "Nós estamos muito à frente, mas estamos ainda muito atrás de nós mesmos". Informatiza a Biblioteca, cria o Sistema Nacional de Bibliotecas, reunindo 3000 instituições e o PROLER (Programa de Promoção da Leitura), que contou com mais de 30000 voluntários em 300 municípios brasileiros. Lança a revista "Poesia Sempre", de circulação internacional, e apresenta edições especiais sobre a América Latina, Itália, Portugal, Alemanha, França e Espanha.Preside o Conselho do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe (CERLALC), no período 1993/1995), sendo também o Secretário Geral da Associação das Bibliotecas Nacionais Ibero-Americanas (1995/1996), que reúne 22 instituições.Cronista do jornal "O Globo", tem também participação em programas na TV Globo onde cria um novo gênero, algo entre a literatura e o jornalismo. Durante a Copa do Mundo, a TV Globo encomenda-lhe dez textos sobre os jogos, que deveriam ser escritos num espaço de duas horas, ligados à imagem e inteligíveis pelo país inteiro. O mesmo acontece com relação à Fórmula I. Também, nesse mesmo gênero, escreveria um poema por ocasião da morte do Presidente Tancredo Neves. Na sua opinião, a televisão, ao contrário do que muitos dizem, não veio para acabar com a literatura. É um veículo moderno e eficiente de promoção da literatura.

BIOGRAFIA PINK FLOYD

Em 1966 o rock and roll já não era mais o mesmo da década de 50. As músicas descompromissadas, arranjos simples e letras bobas sobre amor, garotas e carros estavam dando lugar a algo mais elaborado.
Os Beatles já haviam abandonado as baladinhas adolescente e compunham trilhas sonoras para viagens de ácido. No auge do verão do amor as letras políticas de Bob Dylan eram os lemas da campanha contra a guerra do Virtnã e faziam parecer irresponsável a música executada apenas com propósito de diversão. As letras românticas dos primeiros tempos começavam a dar lugar ao lema sexo,drogas e rock and roll.
Neste cenário de mudanças rápidas começou a surgir o movimento chamado de rock progressivo (ou progressista), marcado por letras profundas, músicas relacionadas entre si, arranjos complexos, instrumentos exóticos e acima de tudo muito experimentalismo. O que mais caracterizava o rock progressivo era a tentativa de não se prender a nenhum estilo ou regra predeterminado. Há controvérsias sobre qual teria sido o marco inicial do movimento progressivo. Alguns afirmam terem sido os Beatles, com o disco Sgt Peppers, os primeiros a abordarem o rock como algo mais além de simples diversão. A maioria, porém, aponta o Pink Floyd, com seu álbum Piper at Gates of Dawn como o precursor do movimento.
O embrião do que viria a ser uma das mais influentes bandas da história foi o grupo Sigma 6, formado por Roger Waters, Rick Wright e Nick Mason, na época alunos da Faculdade de Arquitetura de Cambridge. Como é comum a toda banda iniciante, o estilo ainda não era definido, variando do rock ao folk, e as mudanças de formação eram constantes, assim como as mudanças no nome da banda (Abdabs e T-Sets). A grande virada da banda ocorreu quando se juntou a ela Roger "Syd" Barret, que havia estudado com Roger Waters na Cambridge High Scholl. Foi de Barrett a idéia do nome Pink Floyd Sound, mais tarde abreviado para Pink Floyd (tratava-se do nome de um disco da dupla de blues Pink Anderson e Floyd Council, influências de Syd).
Syd Barrett era muito mais do que apenas músico. Movido por inspiração e LSD Syd era compositor, poeta, pintor e artista performático. Planejados e comandados por ele os shows do Pink Floyd eram muito mais do que apenas espetáculos sonoros. Usando truques simples de luz e projeção de slides o Pink Floyd tentava reproduzir em palco os efeitos de viagens de ácido e segundo muitos conseguia. Os shows iniciais dirigidos a um público underground composto de poetas e ativistas políticos rapidamente chamou a atenção da indústria musical. O Pink Floyd ajudava a inaugurar o rock experimental e cunhava o termo psicodelismo para definir o seu estilo de música.
O grupo é logo contratado por uma pequena gravadora, a Thompson Records, e grava um single com as músicas Lucy Leaves e I'm a King Bee, que teve uma excelente aceitação. Os apreciadores do Floyd não eram mais apenas fãs de sua música e passavam aos poucos a ser como que seguidores de uma doutrina, seguindo a banda aonde quer que ela fosse. A EMI, que havia a poucos meses classificado o trabalho da banda de "experimental demais", rapidamente os contratou. A banda começou no estúdio Abbey road a gravação de seu primeiro álbum. Curiosamente, no mesmo estúdio e na mesma época os Beatles gravavam o disco Sgt Peppers. Nos corredores do estúdio foram compartilhadas drogas e opiniões musicais. Os discos resultantes, Sgt Peppers, dos Beatles, e The Pipers At Gates of Dawn, disputam entre si o título de marco da estréia do rock como obra de arte.
O sucesso do disco de estréia é atribuido principalmente à mente genial de Syd Barret, responsável pelos arranjos de estrutura indefinida, cheio de nuances e completamente imprevisíveis. A linha que limitava a genialidade e a loucura de Syd Barrett porém se tornava mais tênue a cada momento. Problemas mentais provenientes de uma infância conturbada se agravaram em virtude do uso excessivo de alucinógenos e Syd Barrett começou a apresentar um comportamento algumas vezes esquizofrênico e algumas vezes alienado. A situação se agravou até o ponto em que Syd Barret não conseguia mais tocar ou compor e se limitava no palco a tocar um único acorde e olhar para um ponto perdido no espaço. Foi convidado para preencher o espaço na banda o vocalista e guitarrista David Gilmour, antigo companheiro de escola de Roger Waters e Syd Barret.
Com Syd Barrett ainda oficialmente na banda embora não mais participasse dela ativamente, foi lançado o álbum Saucerful of Secrets. Ao contrário do que se podia esperar, apesar de não contar com a participação integral de seu criador e principal articulador, o Pink Floyd se sai muito bem. Aos poucos Syd Barrett é deixado de lado até ser definitivamente desligado da banda. Esquecido, Syd levou desde então uma vida comum, morando com a mãe e se dedicando a hobies como pintura e jardinagem.
O prestígio da banda cresce nos anos seguintes com os discos Ummagumma, Atom Heart Mother e Meddle, além das trilhas sonoras para dois filmes, More e Obscured By Clouds. O comando da banda havia sido assumido aos poucos com maestria por David Gilmour, que dividia com Roger Waters a responsabilidade de compor as músicas da banda.
Em 1973 a banda grava Dark Side OF the Moon, um dos álbuns mais bem sucedidos da história, que viria a permanecer mais de 20 anos entre os mais vendidos. Com este disco o Pink Floyd prova definitivamente que não dependia apenas do gênio de Syd Barrett e supera em todos os aspectos a obra prima que foi o primeiro disco. A EMI chegou a construir fábricas para fabricar exclusivamente este disco, que marca uma fase de trabalho conjunto e harmonia entre os membros da banda.
Segue-se Wish You Were Here, um trabalho conceitual e um verdadeiro tributo a Syd Barret. O tema da ausência é o pretexto para indiretamente homenagear e analisar o gênio louco. Curiosamente durante as gravações deste disco Syd Barret compareceu ao estúdio, gordo, sujo e careca, com uma imagem tão degenerada que custou a ser reconhecido pelos companheiros.
Álbum Animals, de 1977, inaugura a fase de protesto político-social da banda e também marca o início de um predomínio de Roger Waters sobre os outros músicos. O disco é baseado na peça teatral "A Revolução dos Bichos de George Orwell e retrata as contradições e injustiças da sociedade capitalista.
Durante as gravações de The Wall surgem os primeiros atritos entre os membros, com Roger Waters tomando para si o controle da banda. The Wall era um tratado sobre a solidão e sobre o poder esmagador do sucesso, mas era antes de tudo uma auto-biografia do que Roger Waters se supunha ser. A obra, logo tachada de ópera-rock, seria lançada também em forma de filme.
Com o álbum The Final Cut agravam-se os problemas de relacionamento entre os membros, com Roger Waters tendo despedido Rick Wright e relegado os outros componentes da banda a pouco mais do que músicos de estúdio. Waters compôs o conceito e praticamente a totalidade das músicas, além de ter sido o responsável por todos os vocais. O álbum na realidade deveria ser um trabalho solo, mas a gravadora achou que seria mais lucrativo lança-lo como trabalho da banda.
Brigas entre os componentes restantes levaram Roger Waters em 1986 a anunciar o fim do Pink Floyd. Seguiu-se uma longa batalha judicial entre os advogados de Roger Waters e David Gilmour. A justiça decidiu que o nome da banda não pertencia a Roger Waters. Rick Wright foi trazido de volta e em 1987 foi lançado A momentary Lapse of Reason, considerado quase unanimemente um dos discos mais fracos do Pink Floyd. Segue-se o segundo disco ao vivo da banda, Delicate Sound of Thunder (lembrando que um dos discos Ummagumma era ao vivo)
Em 1994, num clima de volta triunfal, após alguns anos sem gravar e sem se apresentar ao vivo, a banda volta com The Division Bell, disco que teve excelente aceitação por parte da crítica e do público. Pouco mais tarde, em 1995 é lançado Pulse, uma outra gravação ao vivo.
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