domingo, 18 de maio de 2008

BIOGRAFIA BERNARDO BERTOLUCCI

Nasc: 16/03/1941 (67 anos)
Cidade: Parma
País: Itália
Um dos nomes mais importantes do cinema mundial nos últimos 30 anos, Bertolucci faz um cinema de forte apelo visual, caracterizado principalmente pelas temáticas política (esquerdista), e humana (com ênfase no sexo).Um crítico alemão referindo-se a ''1900'', forneceu uma boa descrição; - ''Bertolucci tenta harmonizar Marx e Freud''.Filho de um crítico literário e poeta (Attilio Bertolucci), Bernardo fez vários filmes amadores enquanto adolescente e, poeta desde a infância, ganhou em 1960, um prêmio nacional pela coletânea de poemas ''In Search of Mystery''.No ano seguinte, Bertolucci abandonou a Universidade de Roma para ser assistente do diretor Pier Paolo Pasolini, a quem via como uma figura paternal, de grande influência. Num âmbito puramente cinematográfico, Jean-Luc Godard foi outro que influenciou seus primeiros filmes.Bertolucci estreou na direção com ''La Commare Secca'' (1962), um drama policial de pouca impacto com crítica e público. Já o seu filme seguinte, ''Prima Della Rivoluzione'' (1962), foi bem recebido, chegando a ganhar um prêmio na França. A relação de um jovem com as questões sociais de sua época, ''Prima Della Rivoluzione'' tem vários elementos que refletem o próprio Bertolucci, e foi co-estrelado por Adriana Asti, esposa do diretor na época.Na década de 60, entre outros trabalhos, Bertolucci ainda dirigiu documentários sobre petróleo, e co-assinou a história do clássico faroeste ''Era Uma Vez no Oeste''.Os anos 70 foram os mais significativos da carreira do cineasta, tendo visto o lançamento dos marcantes ''O Conformista'' (1971), ''O Último Tango em Paris'' (1972) e ''1900'' (1976).Antes porém, ele dirigiu ''A Estratégia da Aranha'' (1970, baseado em texto de Jorge Luis Borges), sobre um filho buscando informações sobre o assassinato de seu pai anti-fascista. Foi aqui também que Bertolucci, buscando tornar-se um diretor popular, substituiu o cinema poesia pelo cinema espetáculo, mas sem abandonar seus dilemas. Nessa época, inclusive, a psicanálise pela qual passava, começou a manifestar-se intensamente na tela, levando Bertolucci a dizer para seu psicanalista: - ''seu nome deveria aparecer nos créditos dos meus filmes''.''O Conformista'' (pelo qual foi indicado ao Oscar de Roteiro Adaptado) é a tensa história de um homossexual reprimido (representado por Jean-Louis Trintignant), e seu envolvimento com o Partido Fascista.''O Último Tango em Paris'' é um dos filmes mais polêmicos da história do cinema, tratando de um relacionamento sexual, explicitamente mostrado, entre um viúvo (Marlon Brando, numa elogiada atuação) e uma desconhecida (Maria Schneider).O filme foi escândalo (e sucesso) mundial, tendo sido censurado inclusive no Brasil. Condenado por alguns como obsceno, ''Último Tango...'' também demonstra a habilidade de Bertolucci com a câmera, tendo sido indicado ao Oscar de direção.Já ''1900'', épico sobre duas famílias italianas através da primeira metade do século 20, ficou famoso por sua longuíssima duração; mais de cinco horas. Co-escrito por seu irmão Giuseppe, ''1900'' foi descrito por Bernardo como um ''E o Vento Levou'' socialista”. O elenco inclui Robert De Niro, Gerard Depardieu, Donald Sutherland e Burt Lancaster.Após 11 anos, e três filmes modestos, Bertolucci foi consagrado por ''O Último Imperador'', filme que retrata a vida real de Pu-Yi, o último representante da realeza chinesa. Premiado com 9 Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro Adaptado (co-escrito pelo diretor), ''O Último Imperador'' destaca-se por sua suntuosidade visual.''O Céu que nos Protege'' (1990), sobre a viagem de um casal pelo norte da África, e ''O Pequeno Buda'' (1993), foram vistos de maneira geral como decepções, enquanto que ''Beleza Roubada'' (1996), sobre a visita de uma jovem americana a uma vila da Itália, e ''Assédio'' (1998), mostraram que Bertolucci ainda tinha bons filmes a oferecer.A incomum história de amor de''Assédio'', foi também veículo para o cineasta voltar a exercitar sua idéia de que ''o cinema é a verdadeira linguagem poética''.
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